Nasa divulga regras para impedir que humanos contaminem a Lua e Marte
Os planos para o envio de humanos para a Lua e Marte ainda estão distantes, mas a Nasa, agência espacial norte-americana, já quer se antecipar em relação aos riscos de contaminação que as futuras missões tripuladas poderão oferecer.
Nesta semana, a Nasa divulgou duas diretrizes em sua política de proteção planetária. A primeira abrange o controle de contaminação biológica durante etapas de missões humanas e de robôs na Lua, como alunissar (pouso na Lua), orbitar, sobrevoar.
"Estamos habilitando nosso importante objetivo de exploração sustentável da Lua e, ao mesmo tempo, salvaguardando a ciência futura nas regiões permanentemente sombreadas", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da diretoria de missões científicas da Nasa.
Segundo as diretrizes, cada parte da Lua terá uma abordagem diferente e de cuidados. Por exemplo, regiões que possam ter chances de ter água e onde a sonda Apollo alunissou serão mais controladas pelos cientistas. Nos casos de missão tripulada, um inventário biológico completo poderá ser necessário.
O plano da Nasa é enviar a primeira mulher e o próximo homem para a Lua até 2024.
A segunda diretriz determina algumas bases para missões humanas em Marte. Por falta de conhecimento ainda sobre o planeta, a Nasa não explicou detalhadamente as precauções que deverão ser tomadas. Mas a medida reforça a importância de que Marte seja protegido enquanto é explorado. E isso poderia envolver regras para dinâmicas de quarentena e eliminação de resíduos.
"Este DNI [documento] vai permitir a exploração humana de Marte, criando novas oportunidades para a ciência inspiradora e atividades comerciais inovadoras. Acredito que a ciência e a exploração humana são empreendimentos complementares e estou entusiasmado por ver essas reformas políticas abrirem uma nova era de descoberta", afirmou Jim Bridenstine, administrador da agência espacial.
Neste mês, Estados Unidos, China e, o novato, Emirados Árabes Unidos lançarão missões em direção a Marte. Eles aproveitarão o alinhamento da Terra e do Planeta Vermelho, que acontece a cada 26 meses, e que tem menos riscos de fracasso.
*Com informações do site Science Alert
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