Estudo sugere que a Lua seria milhões de anos mais jovem do que imaginamos
Sem tempo, irmão
- Segundo novo estudo, em vez de 4,51 bilhões de anos a Lua teria 4,42 bilhões
- Colisão da Terra com Theia e processo de solidificação lunar foram considerados
- Lua teria levado 200 milhões de anos para "esfriar" e solidificar
Geofísicos alemães descobriram que a Lua pode ser mais jovem do que a comunidade científica estimava: 85 milhões de anos mais jovem, para ser mais exato. Até hoje a hipótese mais aceita é a de que ela teria 4,51 bilhões de anos, mas novos cálculos de pesquisadores alemães sugerem que estamos aumentando esse número.
A hipótese mais aceita sobre a formação lunar é de que ela teria surgido de rochas derretidas resultantes da colisão entre a Terra e um planeta menor chamado de Theia. Elas teriam se solidificado em um corpo único que começou a orbitar nosso planeta. Ou seja, as rochas que formaram a Lua vieram da Terra e podem ser usadas para datar o nosso satélite natural, usando modelos sofisticados de cálculos.
O estudo, publicado no dia 10 de julho na Sciense Advances, revela um novo modelo de cálculo que leva em consideração duas escalas de tempo:
- A idade da Terra quando ela teria sido atingida por um protoplaneta, o que teria gerado a Lua;
- O tempo em que o oceano de magma massivo da Lua teria levado para esfriar e começar a se solidificar.
"O resultado sugere que a jovem Terra foi atingida por um protoplaneta cerca de 140 milhões de anos depois do nascimento do Sistema Solar. De acordo com os nossos cálculos, isso aconteceu 4,425 bilhões de anos atrás, com uma incerteza de 25 milhões de anos, e a Lua nasceu" afirma o geofísico Maxime Maurice, do Centro Aeroespacial Alemão.
O oceano de magma massivo da Lua teria levado cerca de 200 milhões de anos para esfriar e começar a se solidificar completamente, segundo o modelo proposto pelos cientistas. Simulações baseadas em como os minerais de silicato da Lua podem ter evoluído ao longo do tempo levaram os pesquisadores à idade final da Lua, de 4,425 bilhões de anos.
As novas análises mostram que muitos fatores precisam ser levados em consideração tentar prever a idade da Lua, como por exemplo perfurações na superfície lunar que podem ter afetado a velocidade com a qual o magma do satélite esfriou, e quão profundo o oceano original deste magma pode ter sido.
"Ao comparar a composição medida das rochas da Lua com a composição prevista do oceano de magma em nosso modelo, nós fomos capazes de traçar a evolução do oceano até o seu ponto inicial, o tempo em que a Lua foi formada", explica a geofísica Sabrina Schwinger, do Centro Aeroespacial Alemão.
A nova estimativa corresponde ao período em que se pensa que o núcleo metálico da Terra se formou —no final do desenvolvimento geológico de nosso planeta— e também se encaixa na linha do tempo de pesquisas anteriores sobre danos a asteroides.
"A convergência dessas estimativas independentes não apenas fornece uma idade precisa e robusta para o impacto da formação da Lua, mas também vincula consistentemente esse evento à diferenciação da Terra e à evolução dinâmica do Sistema Solar interno", escrevem os pesquisadores.
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