Usa muito Uber? App agora tem assinatura que dará descontos no Brasil
Sem tempo, irmão
- Uber lança plano de assinatura mensal que oferece descontos no Brasil
- Serviço custará R$ 24,90 por mês com vantagens em viagens, Uber Eats e Cornershop
- Brasil é o primeiro país depois dos Estados Unidos a ter assinaturas
- Por trás disso, está estratégia da Uber de reter usuários no seu ecossistema
Usuários da Uber podem, a partir desta terça-feira (11), assinar um plano de assinatura mensal do aplicativo no Brasil. O país é o primeiro fora dos EUA a receber a novidade. Ao assinar, o usuário terá descontos nesses serviços - a assinatura valerá a pena dependendo do uso.
O valor da assinatura mensal chamada Uber Pass será de R$ 24,99. Por esse preço, estarão inclusos:
- 10% de desconto em todas as viagens de UberX, em qualquer cidade do país;
- Entrega grátis em todos os pedidos de Uber Eats de mais de R$ 30;
- Entrega grátis em todos os pedidos de Cornershop (delivery de supermercado) de mais de R$ 100;
- Atendimento preferencial nos canais de suporte da Uber.
Para incentivar as assinaturas, quem optar pelo plano nos próximos 30 dias ganhará um mês grátis, além de 10% de desconto em um pedido no Uber Eats.
Nos Estados Unidos, os planos de assinatura mensal da Uber estão disponíveis desde outubro de 2018, em testes feitos em algumas cidades norte-americanas. A expansão inicial para o Brasil se justifica pela importância do mercado local para a empresa, segundo um porta-voz.
"Temos nossa sede nos Estados Unidos, mas o Brasil é umas das regiões mais críticas para a Uber. Queremos ajudar usuários e motoristas na retomada de alguns locais. Se você pensar no Brasil, as pessoas estão procurando jeitos flexíveis e econômicos de se mover e ganhar dinheiro", aponta ao Tilt George Gordon, diretor-geral da Uber na América Latina.
Diferentemente dos EUA, o plano brasileiro não dará isenção em tarifas dinâmicas e afins. Por outro lado, a assinatura brasileira engloba o delivery de supermercado da Cornershop, empresa chilena adquirida pela Uber que já funciona ao Brasil desde janeiro, mas que vai chegar aos EUA neste segundo semestre.
Os descontos e isenções de taxas não afetam o valor repassado para motoristas e entregadores, segundo a Uber. A empresa vê sentido no lançamento mesmo durante a pandemia, devido aos descontos no delivery ou no transporte de passageiros.
"Uma diferença importante no Brasil é que cobre tanto corridas quanto delivery. Nos Estados Unidos existem planos diferentes para cada serviço; no Brasil serão mais benefícios. Em uma semana pode ficar em casa, na outras sair. Se você estiver em uma cidade mais fechada, pode usar o Uber Eats ou o Cornershop", cita Gordon.
Vale a pena?
A Uber não é o primeiro serviço de mobilidade a ter um plano de assinatura. A Rappi, por exemplo, conta já há algum tempo com o Rappi Prime, que custa de R$ 29,90 ao mês ou R$ 299 ao ano. Por esse valor, o usuário tem frete gratuito para compras acima de R$ 30 e descontos em certos tipos de pedidos.
Já o iFood chegou a testar no Brasil o iFood Plus, que por R$ 19,90 oferecia taxas de entrega gratuitas em compras pagas pelo aplicativo. O serviço, contudo, foi descontinuado recentemente - funcionará só até outubro para os atuais assinantes.
A Uber tenta diferenciar sua assinatura da dos rivais abaixando o preço tanto de delivery quanto do transporte de carro —que incluiu recentemente o envio de objetos e passará em breve a contar com táxis na cidade de São Paulo. No entanto, vale ver na ponta do lápis para saber se vale a pena.
É preciso, por exemplo, usar com frequência diferentes produtos da Uber. No caso de só usar o aplicativo de corridas, o usuário teria que fazer, por exemplo, no mínimo dez corridas da UberX de R$ 25, ou cinco de R$ 50, para o plano de assinatura ser "pago" com os descontos.
Se usar outras plataformas, já pode ficar mais vantajoso. O Uber Eats, por exemplo, cobra taxas de entrega que costumam variar entre R$ 3 e R$ 10 dependendo da distância e do restaurante. Três entregas destas de R$ 10 também já pagariam, sozinhas, a assinatura. Mas o Uber Eats não tem os mesmos restaurantes de outras plataformas e possui menos formas de pagamento do que o iFood.
Já o Cornershop até tem sua assinatura própria que isenta taxa de entrega acima de R$ 100 —custa R$ 99 por ano. Para quem não é assinante, a taxa de entrega costuma variar entre R$ 10,99 e R$ 19,99.
Se o usuário fizer uma mescla dos três produtos ao longo de um mês, é possível ganhar descontos com o plano de assinatura. Mas se usar as plataformas ocasionalmente e variar com outros aplicativos (seja por preços menores, opções de pagamentos ou restaurantes diferentes), pode acabar não sendo vantajoso.
O que a Uber ganha?
A Uber ainda avalia se irá colocar outros planos de assinatura, com diferentes níveis de descontos oferecidos e de produtos do seu ecossistema.
"Achamos que esse plano único dá o melhor custo-benefício. Com o tempo vamos aprender, baseado na resposta dos usuários. É um bom jeito de começar", conta Gordon.
A estratégia da Uber é, claramente, a de tentar manter o usuário "preso" ao seu ecossistema. Mesmo sem Gordon admitir isso, a tática é vital em um cenário cada vez mais concorrido tanto no transporte de passageiros —com rivais como 99 e Cabify— e de delivery —concorrendo com iFood, Rappi, James, 99 Food e outros.
"A razão principal é dar uma resposta aos usuários que querem mais maneiras de economizar, ainda mais agora. Queremos dar oportunidade de preços atrativos, para poderem poupar dinheiro", esquiva-se Gordon sobre os benefícios das assinaturas para a empresa em si.
O novo produto é um avanço em uma estratégia iniciada pela Uber ao lançar seu plano de vantagens Uber Rewards no Brasil, que junta pontos para dar vantagens dentro e fora da plataforma a cada uso dos aplicativos. Os dois produtos, agora, trabalharão juntos.
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