Contas de Sara Giromini saem do ar no Instagram e YouTube
Sem tempo, irmão
- Contas da extremista Sara Giromini estão fora do ar no Instagram e YouTube
- Justiça ordenou que posts que expunham dados de criança fossem apagados das redes
- Tilt apurou que remoção da conta no Instagram não partiu da rede social
- Já retirada de canal do YouTube foi feita pela plataforma de vídeos
- Militante de extrema direita segue fazendo posts em outras redes
As contas no Instagram e no YouTube da militante de extrema direita Sara Giromini, mais conhecida como Sara Winter, estão inacessíveis nesta manhã de terça-feira (18). Na última segunda, a Justiça do Espírito Santo ordenou que postagens em que ela divulgava dados de uma criança de dez anos estuprada pelo tio e que teve que passar por um aborto fossem derrubadas pelas redes sociais.
Usuários que denunciaram postagens de Giromini no Instagram receberam, nesta terça, alertas de que ao menos duas fotos e um vídeo foram removidos pela rede social. No entanto, até o perfil da extremista está fora do ar.
Ao buscar pelo nome Sara Winter na rede social, o usuário não encontra mais o perfil da brasileira. Apenas outros com o mesmo nome.
Tilt apurou que a remoção não partiu do Instagram —ao contrário dos posts que foram tirados do ar pela rede social. Não se sabe ainda se a conta foi apagada pela própria Giromini ou foi alvo de algum ataque.
Em grupos de WhatsApp e redes sociais, diversos usuários fizeram correntes em que pediam para que as contas da extremista fossem denunciadas. O Instagram pode inativar uma conta após receber um determinado número de denúncias, mas a reportagem apurou que não foi isso que ocorreu.
Já a conta do YouTube foi retirada do ar pelo próprio Google, segundo Tilt apurou, por ter infringido normas do site. Em nota oficial enviada à reportagem, a plataforma não cita casos específicos.
O YouTube tem políticas rígidas que determinam os conteúdos que podem estar na plataforma e encerramos qualquer canal que viole repetidamente nossas regras. Aplicamos nossas diretrizes de forma consistente e independente de ponto de vista. Apenas no primeiro trimestre de 2020, encerramos globalmente mais de 1,9 milhão de canais da plataforma. No mesmo período, no Brasil, removemos mais de 480 mil vídeos que desrespeitavam nossas políticas
Google Brasil
Outras páginas da militante de extrema direita continuam no ar. Em seu Twitter, criado recentemente após sua conta oficial ser desativada por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), Giromini fez diversos posts ao longo desta manhã, mas não citou nada sobre as contas do Instagram e do YouTube terem saído do ar.
Investigada no inquérito das fake news que corre no STF, Giromini ajudou a planejar atos antidemocráticos nos últimos meses no Brasil. Ela chegou a ser presa, mas atualmente está em liberdade com tornozeleira eletrônica.
A militante de extrema direita continua ativa nas redes sociais e, no último fim de semana, compartilhou o nome da menina que foi estuprada e o hospital em que o aborto seria realizado, incitando seguidores a irem até o local para evitar que o procedimento ocorresse.
A divulgação de dados da menor de idade é crime no Brasil podendo gerar até prisão e multa de R$ 21 mil mesmo para quem compartilhar a postagem.
Posts derrubados
Com a ordem da justiça capixaba, posts de Sara Giromini em que a criança de dez anos era exposta foram derrubados ao longo da segunda-feira (17). O Instagram, por exemplo, removeu os posts em que ela citava o caso do estupro e consequente aborto.
"O vídeo em questão foi removido por violar nossas políticas ao promover potenciais danos a pessoas no mundo offline de forma coordenada", disse um porta-voz do Facebook.
Já o YouTube, do Google, também tirou do ar vídeos sobre isso —uma live feita pela extremista Giromini, por exemplo, não está mais disponível.
O Twitter alternativo de Sara Giromini continua funcionando —inclusive alguns posts não foram derrubados, como um em que ela compartilha a live feita no YouTube para falar sobre o caso.
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