Vazamento de ar na ISS faz tripulação "acampar" de novo em módulo russo
Os astronautas e cosmonautas que vivem na Estação Espacial Internacional (ISS) terão novamente que ficar confinados no módulo russo neste final de semana. A tripulação segue em mais uma etapa de investigação de um vazamento de ar acima do esperado. Em agosto, um procedimento parecido foi realizado.
Segundo a Nasa (agência espacial norte-americanal), todas as escotilhas da ISS serão fechadas para que os controladores da missão consigam monitorar novamente a pressão do ar em cada módulo com o objetivo de localizar a fonte do vazamento.
O norte-americano Chris Cassidy, comandante da missão pela Nasa, está na estação espacial com os cosmonautas russos Ivan Vagner e Anatoly Ivanishin, da Roscosmos, desde abril deste ano.
De acordo com a Nasa, não há riscos para a tripulação. Eles utilizarão detector de vazamento ultrassônico para investigar o problema. Da Terra, as equipes de controle darão o suporte para a tripulação. Caso seja necessário algum reparo, os controladores poderão usar a telemetria (monitoramento e controle remoto) da pressão de cada um dos módulos para consertá-lo.
"Os Centros de Controle de Missão de Moscou e Houston vêm rastreando um pequeno vazamento de ar há vários meses. Algumas semanas atrás, nossa equipe isolou-se no segmento russo de Space Station e fechou o maior número de escotilhas possível para identificar a localização do vazamento", publicou Cassidy no Twitter.
"Até agora não tivemos sorte em encontrar a fonte, mas vamos tentar novamente neste fim de semana. Não há dano ou risco para nós como a tripulação, mas é importante encontrar o vazamento", completou.
Na primeira investigação do vazamento de ar, realizada em agosto, os três seguiram os mesmos protocolos. Fecharam todas as escotilhas internas da ISS e se direcionaram para o módulo de serviço Zveda, com a nave Progress MS-15. A tripulação ficará "acampada" no mesmo local neste final de semana.
É comum que a Estação Espacial deixe escapar um pouco de ar, mas a taxa anda acima do normal desde setembro de 2019 —e tem aumentado ligeiramente.
De acordo com a Nasa, este antigo vazamento ainda não foi solucionado devido a outras prioridades na rotina da estação, como manutenção de equipamentos, caminhadas espaciais, chegada de naves de carga e idas e vindas de astronautas.
Após o retorno dos norte-americanos Robert Behnken e Douglas Hurley à Terra, no dia 2, restam apenas três tripulantes na estação. Em outubro, uma nova missão tripulada da Nasa, em parceira com a SpaceX, deve levar mais quatro astronautas, incluindo uma mulher, à ISS: Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, dos Estados Unidos, e Soichi Noguchi, do Japão.
Em 2018, houve um sério vazamento de oxigênio na ISS, devido a uma perfuração no casco de uma espaçonave russa Soyuz MS-09. Os astronautas tiveram de tapá-lo, provisoriamente, com fita adesiva. Não ficou claro o que causou o buraco: primeiro, foi cogitado o impacto de um pequeno meteoro; depois, a Roscosmos disse que o problema foi causado por acabamento de baixa qualidade ou até sabotagem.
*Colaboração Marcelle Duarte
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