Como pedra em lago! Veja raro meteoroide "pulando" na atmosfera da Terra
Uma pequena rocha espacial deu um "salto" ao passar pela atmosfera da Terra na última terça-feira (22). A maioria dos meteoroides —normalmente um fragmento de cometa ou asteroide que se torna um meteoro— se desintegra ao passar pela atmosfera do planeta e atinge o solo como meteorito, mas esse corpo celeste deu um jeito de ter outro destino.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), esse meteoroide foi avistado acima do norte da Alemanha e Holanda viajando a 34,1 km/s, chegando a 91 km de altitude —muito abaixo de qualquer satélite em órbita— antes de "ricochetear"de volta ao espaço.
Para que uma rocha consiga fazer esse movimento de ricochetear na atmosfera da Terra, ela precisa entrar em um ângulo bastante raso. O movimento é parecido com o feito quando uma pedra salta por um lago, entrando brevemente na água antes de quicar.
O objeto foi observado pela rede GMN (sigla em inglês para Rede Global de Meteoros), um projeto que tem como objetivo cobrir o globo com câmeras de meteoros e fornecer ao público alertas em tempo real.
A ESA afirma que esse tipo de meteoroide não passa pela Terra com muita frequência, mas "apenas um punhado de vezes por ano, em comparação com os milhares de meteoros que observamos no mesmo período".
Em seu Twitter, Denis Vida, que tem pós-doutorado em física na Western University em Ontário (Canadá) e é fundador da GMN, afirmou que rastreou a rocha até uma órbita da família de Júpiter. Veja o GIF na publicação abaixo:
(1/2) An earthgrazer above N Germany and the Netherlands was observed by 8 #globalmeteornetwork cameras on Sept 22, 03:53:35 UTC. It entered the atmosphere at 34.1 km/s, reached the lowest altitude of ~91 km and bounced back into space!@westernuScience @IMOmeteors @amsmeteors pic.twitter.com/5EgRivdcsu
-- Denis Vida (@meteordoc) September 22, 2020
"Com uma melhor compreensão desses pequenos corpos, somos capazes de construir uma imagem mais completa do Sistema Solar, incluindo asteroides potencialmente perigosos, chuvas de meteoros que podem colocar satélites em perigo, bem como a química e as origens de nosso próprio Sistema Solar", diz a agência.
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