"Uber" sem motorista? Empresa do Google lança serviço de carros autônomos
O carro autônomo —isto é, que se guia sozinho sem motorista humano— já não é mais ficção científica. A Waymo, unidade de veículos autônomos da Alphabet, empresa dona do Google, lançou seu serviço Waymo One na semana passada para o público geral do estado do Arizona, nos EUA, após cinco anos de experimentos.
O serviço funciona de maneira semelhante a aplicativos como Uber, Cabify e 99. Para usá-lo, a pessoa precisa baixar o app do Waymo One no smartphone e se cadastrar, usando seus dados pessoais e de cartão de crédito para a cobrança.
Para solicitar a corrida, basta colocar a localização atual e o destino final. O app calcula o tempo de chegada do carro ao local e o tempo do trajeto. A única diferença é que não tem motorista.
Desde 2018, a unidade de carros autônomos da Alphabet testa o serviço nas ruas, operando centenas de minivans autônomas que contavam com o apoio de motoristas de segurança e com uma pequena base de usuários de cerca de mil clientes. No ano passado, a empresa passou a transportar completamente sem motorista um grupo seleto de centenas de clientes, chamados de "primeiros pilotos".
"Com o tempo, à medida que melhoramos a capacidade de nosso piloto Waymo, aumentamos o escopo e a quantidade de nossas operações, com 5% a 10% de nossas viagens em 2020 totalmente sem motorista para nosso grupo exclusivo de primeiros pilotos", explicou o executivo-chefe da Waymo One, John Krafcik, no blog post da empresa.
Segundo Krafcik, foi o retorno dado por esses passageiros que possibilitou o lançamento do serviço para toda a base de usuários do Waymo One.
"Começaremos com aqueles que já fazem parte do Waymo One e, nas próximas semanas, receberemos mais pessoas diretamente no serviço por meio de nosso aplicativo (disponível no Google Play e na App Store). No curto prazo, 100% das nossas viagens serão totalmente sem motoristas", garantiu o executivo.
Cinco anos da primeira viagem sem motorista
A Waymo afirma ter feito, há cinco anos, a primeira viagem do mundo feita em um carro sem motorista e em vias públicas. O passageiro foi Steve Mahan, o diretor aposentado de um centro para pessoas cegas.
"Este pequeno carro, chamado Firefly, tinha uma velocidade máxima de apenas 40 km/h e usava uma combinação de Lidar [tecnologia óptica de detecção remota], radar, câmeras e grande poder de computação a bordo para navegar pelas ruas movimentadas de Austin, Texas", conta John Krafcik no blog da Waymo.
Em coletiva de imprensa feita por teleconferência na semana passada, Krafcik contou que expandir a tecnologia tem sido um processo árduo. "Levamos dois anos para colocar três carros em funcionamento ao mesmo tempo em modo totalmente sem motorista nas ruas de Phoenix. Demorou mais um ano para conseguir cem carros", contou.
Apesar dos passos "lentos", nas palavras do executivo, e da concorrência de empresas como a Tesla e a Uber também pesquisando e testando carros autônomos, a Waymo foi a primeira a oferecer viagens pagas em carros com assentos dianteiros vazios.
No início deste ano, segundo a Bloomberg, a Waymo levantou mais de US$ 3 bilhões de grupos de capital privado e investidores de risco. Essa foi a primeira vez que ela obteve fundos de fora da Alphabet.
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