Perfis falsos no WhatsApp: entenda novo golpe que afetou Guilherme Boulos
Sem tempo, irmão
- Criminosos agora estão criando perfis falsos para golpes pelo WhatsApp
- Eles conseguem dados pessoais por meio de criminosos nomeados Data Brokers
- Golpistas utilizam informações com um novo número de celular
- Mais recente vítima foi o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol)
Os golpistas estão com novas técnicas para realizar golpes pelo WhatsApp. Se antes eles usavam anúncios ou convites de famosos para festas, para assim clonar as contas, a tática agora é bem mais simples: a criação de perfis falsos.
Uma recente vítima foi o candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos, que informou o problema na manhã desta segunda-feira (19). Os golpistas conseguiram uma cópia da sua agenda de contatos e enviaram mensagens —a partir de outro número de celular— se passando pelo candidato, com a foto do perfil dele no aplicativo, pedindo dinheiro para "ajudar na campanha".
Quem tem o perfil "falsificado" não fica sabendo que os criminosos estão usando sua identidade para aplicar a extorsão. Boulos, por exemplo, disse que foi informado sobre as mensagens com pedidos de contribuição por meio de seus próprios contatos.
Em nota, o candidato esclareceu que "não pede doações por celular", e que a única maneira de doar é pelo site e pela conta oficial da campanha, no caso de contribuições de maior valor.
De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, os golpistas compram banco de dados com muitas informações pessoais, como endereços, telefone, local de trabalho, preferência de lazer e afiliação e indicações de pessoas próximas. Os criminosos que comercializam as informações foram nomeados como Data Brokers, termo que cunhou até uma operação da Polícia Civil de Goiás, realizada em setembro.
"Aqui, todos os tipos de empresa podem ser vítimas. Logicamente que lojas online são alvos óbvios, mas qualquer empresa conta com banco de dados de funcionários e de clientes que podem ser usados para abastecer este esquema", afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky.
Após a compra de informações pessoais dos Data Brokers, os criminosos buscam nas redes sociais pelos nomes e fotos das pessoas para serem usadas nas contas que aplicarão a extorsão. Segundo Assolini, para iniciar o golpe, muitas vezes a primeira mensagem que os criminosos enviam a familiares e amigos é "troquei meu celular".
Após uma rápida troca de mensagens, o criminoso faz a famosa solicitação de empréstimo de dinheiro para pagar uma conta ou realizar uma compra. No dia em que a operação Data Brokers foi deflagrada, os prejuízos com as extorsões somavam R$ 500 mil.
Para evitar ser objeto de clonagem, a Kaspersky apresenta algumas dicas, como:
- Manter a dupla autenticação ativa;
- Alterar as configurações de privacidade para que sua foto seja mostrada apenas para seus contatos;
- Não usar a mesma foto de perfil em todas as suas contas.
Para se proteger em caso que seu familiar ou amigo foi clonado, preste atenção a isso:
- Caso receba uma mensagem suspeita, sempre desconfiar.
- Entre em contato com a pessoa que está pedindo dinheiro, por meio de ligação por voz pelo telefone. Além de confirmar a autenticidade da mensagem, você ainda pode alertar a pessoa sobre o golpe.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.