5G "à toa" e bateria pior: o que dizem os primeiros reviews do iPhone 12
Sem tempo, irmão
- 5G não funciona bem com todos os apps nem em todo lugar
- Magsafe é legal, mas é caro e não supre a falta do carregador na caixa
- Câmeras melhoraram pouco, mas os detalhistas vão notar
O iPhone 12 ainda não tem data nem preço oficial de comercialização no Brasil, mas fora do país a nova linha de celulares da Apple já está sendo testada. Por isso, Tilt foi atrás de avaliações da imprensa internacional para saber se os modelos agradaram o público.
Apesar de já ter anunciado que a nova linha conta também com o iPhone 12 Mini e o iPhone 12 Pro Max, estes deverão ser lançados só no próximo dia 6 de novembro nos Estados Unidos, e por isso ainda não foram testados. As análises a seguir são sobre o iPhone 12 e o iPhone 12 Pro.
Novo design: um velho conhecido
Nos textos sobre as primeiras impressões, o novo-velho visual do iPhone 12, que nos remete ao iPhone 4, foi bastante falado. Bem semelhante ao iPad Pro, ambos os corpos são mais angulares e têm bordas planas, o que talvez ajude o novo celular a se destacar entre os smartphones recentes, com curvas agressivas.
Em um comparativo do Engadget entre o 11 Pro e 12 Pro, as diferenças não foram gritantes, exceto pelas laterais. "O iPhone 11 era robusto de uma forma atraente, mas o modelo deste ano é 11% mais fino e 16% mais leve, de acordo com a Apple. Embora isso possa não parecer uma mudança dramática, você pode realmente sentir a diferença", diz o texto.
MagSafe e bateria
Outra mudança pouco esperada pelos fãs e usuários da marca é o MagSafe, dois ímãs que estão nos iPhones 12 e 12 Pro, que permite o carregamento sem o fio típico da marca. Um tem o formato de um anel e destina-se principalmente a travar o carregador MagSafe no lugar. O segundo ímã, menor, fica abaixo dele, para se usar alguns acessórios da Apple.
"Testei o carregador MagSafe e a carteira MagSafe da Apple. Mas preferi carregar com fio normal porque era mais rápido, além de carregar minha própria carteira, porque comporta mais cartões", resume Brian X. Chen, do The New York Times.
O The Verge também não ficou muito impressionado com o recurso, reclamando do custo-benefício e da decisão da Apple de pagar por fora. "Se você quiser usar o carregador MagSafe de US$ 39 da Apple para obter um carregamento rápido de 15 watts, você precisará comprar seu próprio adaptador de energia USB-C de 20 watts ou pagar pelo da Apple por US$ 19 porque não está mais na caixa".
Já quanto ao tempo de consumo de bateria do iPhone 12 e 12 Pro, a Apple espera que os usuários consigam usar o aparelho por um dia inteiro, mas ela parece não ter agradado tanto os críticos assim. Para os sites Wired, Engadget e The Verge a percepção foi a mesma: num comparativo com os aparelhos da linha 11, os novos modelos da marca perdem um pouco.
Um dos pontos que justifica isso é o novo serviço 5G, que demanda mais bateria do que o 4G ou uma rede fixa wi-fi.
Velocidade 5G
Pela primeira vez, os iPhones da Apple se conectam a redes 5G. Mas de acordo com o colunista do The New York Times, Brian Chen, não é fácil encontrar um lugar onde, de fato, o recurso possa ser usado. Isso porque as redes 5G com supervelocidade não funcionam em todos os lugares dos Estados Unidos ainda. Ou do mundo.
Ou seja, depois de estar com o celular em mãos, é necessário procurar os lugares mais próximos a você onde a rede 5G mais rápida esteja disponível. Torça para que haja um bem perto.
O que explica isso é o fato de existirem dois tipos de 5G: O "5G Nationwide", que é mais lento —apenas 20% mais rápido que o 4G—, porém mais acessível; e o "5G Ultra Wideband", da Verizon, que é mais rápido, porém limitado geograficamente.
Além da localização, de acordo com o site Engadget, nem todos os aplicativos atualizaram suas configurações para o 5G. Outro ponto levantado é que mesmo com uma conexão de dados cerca de cinco vezes mais rápida do que a de um wi-fi doméstico, o iOS ainda insiste que arquivos grandes necessitam de uma conexão por wi-fi.
Câmeras
As câmeras do iPhone 12 continuam seguindo o mesmo padrão de qualidade da Apple, mas não espere grandes diferenças em comparação à linha de iPhones 11. De acordo com o site The Verge e Engadget, as melhorias dos novos aparelhos são bem pequenas.
"A câmera principal tem uma lente um pouco mais brilhante do que no ano passado, o que a ajuda com pouca luz, e o novo processamento Smart HDR 3 da Apple parece ser um pouco mais inteligente. A redução de ruído foi aprimorada e parece melhor do que no iPhone 11: as fotos parecem menos granuladas e há um pouco mais de detalhes. As fotos também são um pouco mais contrastantes; a cada ano, a Apple parece estar mais disposta a deixar os pontos claros serem claros e as sombras serem sombras", destacou o The Verge.
Entre as atualizações listadas pela Apple está a melhor resolução para fotos tiradas em modo noturno, já que agora o celular tem sensores que captam mais luz. Mas, aparentemente, o resultado não é tão surpreendente assim.
O ponto das análises é que a menos que você se interesse em trabalhar com realidade aumentada (RA) ou fotos de retrato no modo noturno, recursos novos como o sensor Lidar (que reconhece objetos) ou a nova detecção de luz podem não ser tão úteis.
Para o The Verge e o Engadget, o recurso Lidar parece estar no celular para ser descoberto e melhor aproveitado pelos usuários com o passar do tempo. Ou seja, é uma funcionalidade que será pouco aproveitada agora.
Vale ressaltar que os iPhones 12 possuem algumas pequenas melhorias fotográficas, mas perceptíveis em relação ao 11 Pro: a lente grande angular distorce um pouco menos nas bordas, e as fotos com ela e com a lente telefoto são um pouco mais nítidas e detalhadas, segundo as análises.
Existem também algumas novas configurações: você pode realmente desligar a correção da lente e pode desligar tanto o Smart HDR quanto a "detecção de cena", que tenta reconhecer uma foto de forma inteligente para expô-la corretamente.
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