Primeiros reviews: iPhone 12 Pro Max ganha nas fotos e Mini peca na bateria
A nova linha iPhone 12 começará a ser vendida no Brasil no dia 20 de novembro, mas na gringa já tem muita gente testando os novos aparelhos. Depois das análises do iPhone 12 (6,1 polegadas) e o iPhone 12 Pro (6,1 polegadas), chegou a vez das percepções sobre iPhone 12 Pro Max (6,7 polegadas) e o o iPhone 12 Mini (5,4 polegadas) ganharem a internet.
Tilt separou os principais destaques e conta a seguir o que os sites especializados em tecnologia acharam dos dois modelos.
iPhone 12 Pro Max, o todo poderoso
O iPhone 12 Pro Max é o maior, mais avançado e mais caro dos quatro aparelhos lançados pela Apple neste ano— o de 512 GB de armazenamento vai sair por R$ 13.999 aqui no Brasil.
O que mais chamou a atenção, positivamente, dos que já testaram o aparelho foi o seu sistema de câmeras inovador. Matthew Panzarino, do site TechCrunch, o classificou de "uma das melhores câmeras em um smartphone, senão a melhor".
Além disso, a durabilidade da bateria pode ser o que você precisava para decidir pagar a mais pela versão Pro Max da linha.
O tamanho dele, no entanto, pode vir a ser um problema com as suas 6,7 polegadas de tela. Nilay Patel, do The Verge, disse recomendar fortemente ver o aparelho, segurá-lo, antes de comprar. Patrick Holland, do CNET, disse que se o usuário "deixar" o aparelho cair em alguém, "há uma chance de que a pessoa sofra um ferimento grave".
Tirando essa parte, todos consideram que é o melhor iPhone já foi produzido pela Apple. "Ele é de longe o melhor dos grandes iPhone da Apple e vale a pena gastar se você conseguir lidar com suas dimensões descomunais", disse Chris Velazco, do Engadget.
As definições de "tijolão" foram atualizadas?
Como já comentado, o iPhone 12 Pro Max tem uma tela de 6,7 polegadas, que é a maior já encontrada em um celular da Apple. Apesar disso, o modelo é mais fino que o 11 Pro Max e apenas 0,03 mm mais largo do que os modelos Max de versões anteriores.
O grande problema no design, segundo as análises, parece estar justamente nas bordas quadradas (os lançamentos resgataram o visual do iPad Pro). Pelo tamanho, esse formato o torna um pouco mais difícil de segurar do que um telefone com laterais curvas.
A maioria dos usuários certamente vai usar o novo iPhone com uma capinha (alguém vai correr o risco?). Mas isso deve aumentar ainda mais o tamanho do aparelho na mão de quem usar. Ele também é um pouco mais pesado do que outros telefones grandes, como o Galaxy Note 20 Ultra e o iPhone 11 Pro Max.
"Ainda é viável, mas está à beira de ser muito grande", escreveu o jornalista do The Verge. "Eu recomendo fortemente encontrar uma maneira de ver com segurança o tamanho dos 12 Pro Max pessoalmente antes de comprar um", acrescentou.
Segundo as análises, a tela do iPhone 12 Pro Max é bastante brilhante para uso em exteriores e a tecnologia OLED aumenta seu brilho ainda mais para 1.200 nits ao exibir vídeos em HDR.
Apesar de ser "linda e um pouco assustadora" devido à qualidade da imagem, como pontuou o texto do Engaged, a tela só é atualizada a 60Hz, enquanto modelos Android top de linha já rodam em 120Hz, como é o caso do Galaxy S20 Ultra da Samsung.
"Talvez seja para prolongar a vida da bateria do primeiro telefone 5G da empresa, talvez seja outra coisa. A Apple apostou que as pessoas não sentiriam falta e isso em grande parte será verdade, mas se você experimentou telas mais rápidas, é difícil voltar atrás", acrescenta o texto do Engaged.
"Acho que é uma falha. É o iPhone mais caro com a bateria maior, e a tela não deve ficar um tico atrás da concorrência", opinou Patel, do The Verge.
Sistema de câmeras inovador
A principal diferença entre o iPhone 12 Pro Max para os dois modelos iPhone 12 é o sistema de câmeras.
Ele trabalha com três lentes: uma grande angular, uma ultra grande angular e outra teleobjetiva. Mas o grande diferencial aqui é o scanner LiDar, desenvolvido para melhorar o mapeamento de profundidade do sensor câmera. Isso deve resultar em fotos com melhor qualidade e melhor experiência com aplicativos de realidade aumentada.
Sobre a grande angular, o sites estrangeiros destacaram ela tem a mesma abertura (f 1/6) do iPhone 12 e 12 Pro, mas o sensor da versão 12 Pro Max é 47% maior, com pixels de 1,7 mícron. Pixels maiores significam melhor captação de luz e reprodução de cores, assim um sensor consegue entregar imagens de maior qualidade.
Além disso, o estabilizador da câmera está bem melhor. A Apple afirma que este novo sistema pode fazer até 5.000 micro-ajustes automáticos por segundo, o que contribui para fotos mais nítidas e vídeos menos tremidos.
"Isso é vantajoso por alguns motivos. Os sensores são mais leves do que as lentes, o que permite que os ajustes ocorram mais rapidamente, pois podem ser movidos, parados e reiniciados com mais velocidade e precisão", diz o texto do TechCrunch.
Já sobre a lente teleobjetiva, ela é a mesma do iPhone 12 Pro, mas na versão mais cara e avançada ela consegue dar um zoom ótico de 2,5 vezes, o equivalente a 65 mm. Isso significa que, embora a qualidade da captura seja a mesma, é possível obter um enquadramento mais próximo do que o da versão Pro.
Indo além da tecnologia das câmeras, quem já testou aparelho afirma que, sob a luz do sol, as fotos do 12 Pro Max e do 12 Pro parecem idênticas ou possuem diferenças muito sutis.
A coisa muda de figura quando a luz vai ficando mais fraca: as melhorias fazem com que o 12 Pro Max entregue imagens com muito menos ruído, cores melhores e mais precisas, com mais detalhes do que os seus irmãos de linha.
"O iPhone 12 Pro Max tirou fotos melhores, mais detalhadas e com menos ruído do que o Pixel 5 e o Samsung Galaxy Note 20 Ultra", comparou o The Verge.
Bateria de longa duração
Além das câmeras, os reviews apontam a duração da bateria do 12 Pro Max como um ponto de excelência no novo aparelho. No teste feito pelo The Verge, foi possível ficar com a tela ligada por até 14 horas, usando o Wi-Fi doméstico. O Engaged diz ter conseguido usar o 12 Pro Max o dia inteiro no trabalho e ainda acordar com um pouco de bateria no dia seguinte.
Já o mesmo sistema de carregamento magnético sem fio, o MagSafe, não traz maiores diferenças em relação aos outros iPhones da linha 12. Ele oferece suporte para toda a gama de acessórios MagSafe comercializados pela Apple.
"O exemplo mais notável é o disco de carregamento sem fio MagSafe da Apple. As taxas de carregamento chegam a 15 W, ou cerca do dobro do que você obteria de um carregador sem fio Qi padrão", diz o texto do Engaged.
iPhone 12 Mini: desempenho que cabe no bolso
O iPhone 12 Mini é a versão menor e mais barata entre as novidades da Apple (no Brasil, ele vai custar a partir de R$ 6.999). O público que quer passar longe das telas gigantes provavelmente será atraído por ele.
"Não é o melhor iPhone para a maioria das pessoas, mas será o favorito de muitos", resumiu a opinião do The Verge. "O iPhone 12 mini parece o primeiro iPhone em muito tempo com um objetivo diferente. Ele foi projetado em torno da mão humana e bolsos reais. É um objeto que não pretende ser julgado contra outros smartphones (que são em sua maioria grandes agora)", destacou a análise do site.
Para Panzarino, do TechCrunch, o modelo "é o telefone mais atraente da linha". O aparelho é 20% menor e 18% mais leve do que o iPhone 12, e tem cerca de metade do tamanho do iPhone 11, destacou.
Em testes de desempenho, Panzarino observou que a versão Mini não perde em nada para o irmão iPhone 12. Eles trabalham com o mesmo processador e memória RAM (4GB). Ele é praticamente um iPhone 12 com tela menor.
A mesma percepção foi para as fotos. Os dois trabalham com o mesmo conjunto de câmeras dupla principal de 12 MP e uma frontal de 12 MP. O modo noturno, visto com a geração anterior, funciona em todas as lentes.
"As fotos que você tira com a câmera principal são mais detalhadas do que os iPhones do ano passado, e as melhorias no Smart HDR da Apple significam que o 12 mini é melhor para identificar o que está acontecendo em uma cena", completou Chris Velazco, do Engadget.
Por outro lado, a bateria não brilhou para Velazco. Apesar de ele ter gostado do design e ter considerado excelente o desempenho, a capacidade dela para o iPhone deixou a desejar. Além disso, a sua velocidade de recarga é menor do que a dos irmãos com o sistema MagSafe, de recarga sem fio.
"A duração da bateria do iPhone 12 mini é adequada, na melhor das hipóteses, e isso é bastante generoso. É absolutamente o tipo de telefone que você terá de carregar todas as noites, se não antes", resumiu Velazco.
A mesma percepção foi tida por Dieter Bohn, do The Verge. "A duração da bateria no iPhone 12 mini é visivelmente pior do que no iPhone 12, que por si só foi um passo abaixo do campeão de bateria do iPhone 11", destacou. "[Ela] não é ruim, mas definitivamente não é ótima. Meu sentimento depois de um pouco menos de uma semana é que requer ao longo dia um pouco de gerenciamento de bateria."
Difícil saber se 5G vale a pena
O iPhone 12 Pro Max funcionou bem com quase todas as redes 5G dos EUA, mas todos os reviews salientaram que o serviço de telefonia móvel ainda engatinha no país, portanto, não foi sentida muita diferença a navegação em outros telefones sem a tecnologia.
"O 5G nos Estados Unidos é mais modinha que realidade, e você não deve comprar um telefone por causa disso. Apenas ignore por mais um ano. Vai ficar tudo bem", aconselha o review do The Verge. Logo, a mesma percepção vale para o iPhone 12 mini, que também é compatível com a rede de quinta geração.
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