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Inédito! Asteroide chegou mais perto da Terra que satélites SpaceX e a ISS

Esta ilustração mostra um asteroide viajando pelo espaço - Nasa/JPL-Caltech
Esta ilustração mostra um asteroide viajando pelo espaço Imagem: Nasa/JPL-Caltech

Mirthyani Bezerra

Colaboração para Tilt*

17/11/2020 14h03

A gente nem se deu conta, mas um asteroide passou bem perto da Terra, muito mais próximo do que a ISS (Estação Espacial Internacional) e a constelação de satélites da SpaceX estão do nosso planeta, na última sexta-feira (13). Se estamos todos "vivinhos da Silva" é porque o 2020 VT4 era inofensivo.

Essa proximidade sem colisão com o nosso planeta é a menor já vista pelos astrônomos.

O asteroide passou a uma distância apenas de 386 quilômetros da superfície da Terra. E isso foi mais perto do que qualquer outro asteroide conhecido, sem que ele tenha se tornado um meteoro ou meteorito. Os astrônomos estimam que ele tenha de cinco a 10 metros de diâmetro.

A rocha espacial foi descoberta pelo Sistema de Último Alerta de Impacto Terrestre de Asteroide (Atlas), que pertence à Nasa, em parceria com a Universidade do Havaí, nos EUA, 15 horas depois da sua abordagem mais próxima da Terra.

FAQ - Quem é quem no espaço - Arte/UOL - Arte/UOL
FAQ - Quem é quem no espaço
Imagem: Arte/UOL

Ainda que tenha passado muito mais perto de nós do que o recorde verificado em agosto, quando o asteroide 2020 QG passou a uma distância de 2.950 quilômetros, não é incomum detectar asteroides "voando sobre nossas cabeças".

O problema é quando eles caem na superfície da Terra em forma de meteorito — qualquer pedaço de rocha espacial com até 10 metros de diâmetro que consegue nos atingir. Em 2013, ao se desintegrar, um pequeno asteroide gerou centenas de pequenos meteoritos e uma onda de choque tão intensa que danificou casas e deixou mais de mil pessoas levemente feridas, na Rússia.

O Brasil tem meteoritos para chamar de seu. O mais famoso deles é o Bendegó, encontrado no sertão baiano, em 1784, e o 16º maior já achado no mundo, com 5,36 toneladas.

O meteorito Bendegó resistiu ao incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018 - Clever Felix/Estadão Contedúo - Clever Felix/Estadão Contedúo
O meteorito Bendegó resistiu ao incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018
Imagem: Clever Felix/Estadão Contedúo

Observar um asteroide passando tão perto de nós não significa que estamos a beira do apocalipse, mas que os avanços na tecnologia têm permitido aos astrônomos avistarem cada vez mais asteroides cada vez mais próximos de nosso planeta.

*Com informações do site Cnet