Múltiplas câmeras, 5G e preço alto. Essa é, em resumo, a ficha técnica de um celular premium padrão em 2020, ano em que a pandemia de covid-19 derrubou a economia mundial, mas não paralisou por completo a indústria dos smartphones.
Se você não tem limite de orçamento e está disposto a pagar o que for necessário pelo melhor smartphone, veio ao lugar certo. Tilt listou os alguns dos melhores smartphones topo de linha do ano: aqueles com as melhores configurações, as melhores câmeras, o melhor desempenho e, consequentemente, os mais altos preços.
iPhone 12 Pro Max
Em 2020, a Apple deixou de lado a estratégia de lançar o mesmo celular em diferentes tamanhos e apostou em configurações especiais para cada um dos quatro modelos da família iPhone 12.
O mais poderoso deles é o iPhone 12 Pro Max. Tem o mesmo processador A14 Bionic dos seus irmãos e algumas especificações imensas —como a tela, que aqui é de 6,7 polegadas (17 centímetros na diagonal).
Escolhemos o Pro Max em vez de qualquer outro iPhone 12 por conta dos seus recursos exclusivos. A bateria neste modelo, por exemplo, dura mais que a dos seus irmãos menores. E na câmera a novidade é a estabilização óptica por deslocamento de sensor. De acordo com a Apple, o sensor da câmera continua fixo mesmo se você chacoalhar levemente o smartphone na hora da foto. Com isso, ele promete fotos e vídeos nítidos, sem tremidas, mesmo que você não use um suporte e grave tudo com as mãos.
É difícil comparar um iPhone aos seus concorrentes no sistema Android porque a integração entre hardware e software da Apple permite que o celular da marca tenha um desempenho poderoso mesmo com menos memória do que alguns rivais, por exemplo.
Mas se o iPhone 12 Pro Max tem a seu a favor a rapidez do processador da Apple, tem como leve ponto fraco a tela. SIm, ela é bem grande e de qualidade, mas não tem a mesma resolução ou velocidade que alguns de seus concorrentes, como o Galaxy S20 Ultra, da Samsung (que falaremos adiante).
Outro ponto negativo é o custo. O iPhone 12 Pro Max tem preço sugerido de R$ 10.999 pela versão de 128 GB de armazenamento, podendo chegar a R$ 13.999 com 512 GB. De longe, é o mais caro entre os tops de linha —o Galaxy Z Fold 2 custa o mesmo, mas este último pelo menos tem tela dobrável, um recurso ainda raro nos celulares.
Ficha técnica: Apple iPhone 12 Pro Max
- Tela: 6,7 polegadas (17 cm); Super Retina XDR (Oled); 60 Hz; 3,5 milhões de pixels
- Câmeras: 12 MP (principal); 12 MP (telefoto); 12 MP (ultra-angular); 12 MP (selfie)
- Processador: A14 Bionic
- Memória: 6 GB de RAM
- Armazenamento: 128, 256 ou 512 GB
- Bateria: 3.687 mAh
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Samsung Galaxy S20 Ultra
A mais badalada das linhas de smartphones da Samsung ganhou este ano quatro elementos: além do Galaxy S20 básico, vimos nas lojas o Galaxy S20 Plus, o Galaxy S20 FE e o mais poderoso de todos, o Galaxy S20 Ultra.
Escolhemos a versão Ultra em vez de qualquer outra porque esta extrapola todos os recursos dos irmãos mais básicos. Aqui são três câmeras traseiras que, além de modo noturno, modo retrato e três opções de ângulo (aberto, padrão e fechado), têm zoom de nada menos que 100 vezes.
Esse zoom "espacial", como a fabricante o chama, é resultado de uma mistura de software com uma lente do tipo "periscópio", como aqueles usados por submarinos para enxergar acima do nível da água, sabe?
Com esse design, a Samsung conseguiu colocar no S20 Ultra uma lente capaz de enxergar mais longe sem ocupar tanto espaço, mas o restante da mágica é feita digitalmente. Ou seja, o resultado com o zoom de 100 vezes é uma foto de baixa qualidade, mas impressionante pelo alcance.
A tela enorme de 6,9 polegadas (17 centímetros) tem alta resolução e alta taxa de atualização, de 120 Hertz. Isso significa que as animações são bem mais rápidas e fluídas, ajudando a dar ao smartphone a sensação de ser mais ligeiro do que concorrentes de apenas 60 ou 90 Hertz, por exemplo.
Por outro lado, essa alta taxa de atualização cobra o seu preço na bateria, que é grande, mas não o bastante para dar conta de um dia intenso de uso com o modo de 120 Hertz ligado.
O preço, como todo top de linha, condiz com o poder de fogo. O Galaxy S20 Ultra chegou ao Brasil no começo do ano por R$ 7.999 na versão de 128 GB de armazenamento, mas já viu seu preço cair no varejo, onde frequentemente pode ser encontrado custando menos de R$ 5.000.
Ficha técnica: Samsung Galaxy S20 Ultra
- Tela: 6,9 polegadas (17,5 cm); Amoled; 120 Hz; 4,6 milhões de pixels
- Câmeras: 108 MP (principal); 48 MP (telefoto periscópio); 12 MP (ultra-angular); 40 MP (selfie)
- Processador: Snapdragon 865
- Memória: 12 GB de RAM
- Armazenamento: 128 ou 512 GB
- Bateria: 5.000 mAh
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Motorola Edge+
Conhecida pelos smartphones intermediários acessíveis da linha Moto G, em 2020 a Motorola retornou ao mercado dos tops de linha com o Motorola Edge+, o primeiro com suporte ao 5G no Brasil —mas não o 5G que já existe por aqui.
O chamado 5G DSS, que algumas operadoras já oferecem em diversas cidades brasileiras, não é suportado pelo Motorola Edge+, que só funciona com o 5G dos Estados Unidos ou aquele que será disponibilizado no Brasil após o leilão das faixas de espectro pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o que só deve acontecer a partir de 2021.
Apesar de usar o 5G como chamariz, o Edge+ tem funções mais úteis do que essa. Este é um smartphone com configurações de ponta e desempenho para competir com os modelos da Apple e Samsung vistos acima.
O processador Snapdragon 865, o mais potente disponível para smartphones Android hoje, dá conta do recado e garantiu, nos testes de Tilt, a nota mais alta em aplicativos de análise de desempenho.
A câmera tripla, formada por um sensor principal de 108 megapixels, uma lente grande-angular para capturar mais conteúdo e uma lente macro para tirar fotos de pertinho, é de longe a mais limitada entre os topos de linha que citamos nesta lista. As fotos não saem ruins, mas também não impressionam.
Completa o pacote uma tela grande de 6,7 polegadas (17 centímetros na diagonal) que justifica o nome "Edge": as laterais do painel são curvas, como se escorressem para trás. Nessas bordas, o celular tem até alguns recursos exclusivos, como atalhos para apps e notificações.
Essa tela grande é meio desconfortável de usar, principalmente por ser mais alta e estreita, dificultando o alcance dos cantos com uma mão só. As bordas curvas também facilitam toques acidentais na tela que atrapalham a usabilidade. Dependendo de como você segurar o aparelho, o sistema pode interpretar seu toque nas beiradas como um comando errado com frequência.
Lançado no Brasil pelo preço sugerido de R$ 7.999 (hoje já pode ser encontrado por menos de R$ 4.500), o Motorola Edge+ não tem nenhum recurso de grande destaque como as câmeras polivalentes do S20 Ultra ou apelo de marca de um iPhone 12 Pro Max, mas pode cativar pela simplicidade. O problema é o preço, que o coloca no mesmo patamar de concorrentes melhores.
Ficha técnica: Motorola Edge+
- Tela: 6,7 polegadas (17 cm); Oled; 90 Hz; 2,5 milhões de pixels
- Câmeras: 108 MP (principal); 8 MP (telefoto macro); 16 MP (ultra-angular); 25 MP (selfie)
- Processador: Snapdragon 865
- Memória: 12 GB de RAM
- Armazenamento: 256 GB
- Bateria: 5.000 mAh
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Xiaomi Mi 10T Pro
Para representar a agitada indústria chinesa de smartphones, escolhemos o mais novo Xiaomi no pedaço. O Mi 10T Pro possui todos os requisitos de um topo de linha: processador veloz, suporte a 5G e preço alto no Brasil. Com alguns extras.
A taxa de atualização (aquela que define a velocidade das animações, como comentamos antes) na tela de 6,6 polegadas (16,5 centímetros) do Mi 10T Pro é de nada menos do 144 hertz, o que significa que ela exibe 144 quadros por segundo. É mais rápida que do Moto Edge+ e que a do S20 Ultra, de longe.
Por outro lado, o painel do Mi 10T Pro é LCD em vez do Oled dos rivais. A diferença é que telas Oled são mais brilhantes, exibem cores mais vibrantes e contrastes mais nítidos. O LCD, por sua vez, consome mais energia, porque a tela precisa acender até para pixels pretos (no Oled, esses pixels ficam simplesmente desligados quando não há cor para exibir, economizando bateria).
Tilt não testou o smartphone para saber se as promessas da Xiaomi de desempenho super-rápido com processador Snapdragon 865 e 8 GB de RAM se sustentam, mas o Mi 10T Pro tem pelo menos uma grande vantagem ao relação aos concorrentes: o preço.
No Brasil, o smartphone sai pelo valor sugerido de R$ 6.999 —bem menos do que os preços oficiais dos concorrentes. Mas com apenas um distribuidor autorizado no país, os celulares da Xiaomi são um pouco mais difíceis de encontrar em promoção no varejo do que os Galaxies e iPhones.
Ficha técnica: Xiaomi Mi 10T Pro
- Tela: 6,6 polegadas (16,5 cm); LCD; 144 Hz; 2,5 milhões de pixels
- Câmeras: 108 MP (principal); 13 MP (ultra-angular); 5 MP (macro); 20 MP (selfie)
- Processador: Snapdragon 865
- Memória: 8 GB de RAM
- Armazenamento: 256 GB
- Bateria: 5.000 mAh
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Veredito
Se você está em busca do melhor smartphone que o dinheiro pode comprar, tenha em mente que nem sempre o mais caro é sinônimo de melhor —mas o melhor quase sempre é um dos mais caros.
A Apple participa da disputa porque é impossível ignorar as opções da fabricante no mercado. Se você é fã da marca, não há o que discutir: o iPhone 12 Pro Max é o mais poderoso do momento. Mas se for grande demais para as suas mãos, experimente o 12 Pro "normal".
Entre os modelos com sistema Android, o Galaxy S20 Ultra é a opção mais completa. Ele tem tudo que um topo de linha precisa ter, além de inovações na câmera que nenhum rival consegue superar. E graças ao poder logístico da Samsung por trás, é o mais fácil de encontrar no varejo com preços promocionais.
Na dúvida entre o iPhone 12 Pro Max e o Galaxy S20 Ultra, recomendo seguir com o ecossistema que mais te agrada (Android ou iOS). E se quiser trocar de lado e usar um iOS ou Android pela primeira vez, estas são as suas duas melhores opções do momento.
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