Sinal captado próximo a estrela empolga pesquisadores de vida alienígena
Cientistas do projeto Breakthrough Listen investigam a origem do sinal de rádio captado entre abril e maio do ano passado que pode indicar a existência de vida extraterreste nos arredores da Proxima Centauri, uma estrela anã vermelha a 4,2 anos-luz da Terra. Um estudo será iniciado, mas uma fonte ouvida pelo The Guardian adiantou a hipótese de uma grande descoberta.
O feixe estreito de luz captado em 2019, pelo telescópio Parkes, na Austrália, pode, sim, indicar a existência de vida extraterrestre. Uma fonte não identificada, ouvida pelo The Guardian, disse que a comunidade de astrônomos disse que o sinal observado pelo Parkes "é o primeiro candidato sério desde o sinal 'Wow!'".
O 'Wow!' foi como o astrônomo Jerry Ehman descreveu uma grande explosão que durou cerca de 77 segundos, em 1977, durante uma observação em Ohio (EUA) e levantou suspeita da existência vida em outro planeta. O mesmo estudo foi então arquivado e reestudado em 2017, e iluminou a hipótese de que a humanidade não vive sozinha no universo.
Breakthrough Listen é um projeto avaliado em 100 milhões de dólares (equivalente a quase R$ 600 milhões), criado em 2015, por Yuri Milner, um investidor em ciência e tecnologia com base no Vale do Silício, e possui aprovação do físico Stephen Hawking, que morreu em 2018 e descreveu a exploração como "criticamente importante".
No entanto, desde 2015, quando o projeto do milionário do Vale do Silício foi iniciado, a exploração detectou diversas explosões e sinais semelhantes ao do ano passado, porém nenhum dos anteriores havia apresentado "aparente mudança em sua frequência considerada consistente com o movimento de um planeta", como descreveu o site inglês sobre o feixe de rádio.
Com o nome BLC1, o estudo iniciado para comprovar, ou não, a existência de vida extraterrestre será publicado nos próximos meses.
O "sinal" deixou os cientistas curiosos, uma vez que a direção do feixe estreito e a consistência do movimento podem dar luz a novas descobertas e estudos. "A equipe Breakthrough Listen detectou vários sinais incomuns e está investigando cuidadosamente. Esses sinais são provavelmente interferências que ainda não podemos explicar totalmente. Mais análises estão sendo realizadas", disse, cautelosamente, Pete Worden, ex-diretor do Ames Research Center da Nasa na Califórnia e diretor executivo das Breakthrough Initiatives.
Já Lewis Dartnell, astrobiólogo e professor de comunicação científica da Universidade de Westminster mostrou-se empolgado com BLC1. "As chances de ser um sinal artificial da Proxima Centauri parecem impressionantes. Há muito tempo que procuramos vida alienígena e a ideia de que ela poderia estar na nossa porta, no próximo sistema estelar, está acumulando improbabilidades sobre improbabilidades", disse o professor.
Ainda não há prazo exato para a divulgação do estudo que será iniciado em breve.
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