Hubble registra um dos maiores anéis de Einstein já observados no Universo
O telescópio Hubble registrou mais um fenômeno astrofísico teorizado por Albert Einstein há mais de cem anos. Chamado de anel de Einstein, o fenômeno, um dos maiores já registrados, foi divulgado pela Nasa no dia 14 de dezembro e é resultado da distorção de luz de uma galáxia localizada a 4 bilhões de anos-luz da Terra.
Apelidado pelos cientistas de "Anel Derretido" por conta de sua aparência, o GAL-CLUS-022058s, localizado no hemisfério sul da constelação de Fornax (a Fornalha), é o maior e um dos mais completos anéis de Einstein já registrados, segundo a ESA (Agência Espacial Europeia).
Parte da teoria geral da relatividade de Einstein, a forma incomum desse objeto pode ser explicada por um processo chamado lente gravitacional. Ou seja, isso ocorre quando a luz a caminho da Terra, partindo de uma estrela ou de uma galáxia, passa por um objeto massivo que a puxa devido a gravidade, formando a curva.
Einstein previu a curvatura da luz em 1912, sendo que o físico russo Orest Chwolson foi o primeiro a mencionar o efeito do anel na literatura científica, em 1924. Assim, esses objetos também são conhecidos como anéis de Einstein-Chwolson.
Segundo a ESA, no caso do "Anel Derretido", a luz da galáxia de fundo foi distorcida "pela gravidade do aglomerado de galáxias à sua frente. O alinhamento quase exato da galáxia de fundo com a galáxia elíptica central do aglomerado, visto no meio desta imagem, distorceu e ampliou a imagem da galáxia de fundo em torno de si mesma, formando um anel quase perfeito", diz um comunicado da agência.
Assim, como a Terra está praticamente alinhada com as duas galáxias, foi possível observar boa parte do anel já que a gravidade deformou e ampliou a luz. "Objetos como esses são o laboratório ideal para pesquisar galáxias muito fracas e distantes para serem vistas de outra forma", diz a Nasa.
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