China vai liberar uso de seu gigantesco radiotelescópio a partir de abril
O Fast (Radiotelescópio Esférico com Abertura de 500 Metros, na sigla em inglês), localizado na província chinesa de Guizhou, será aberto a toda comunidade científica global, segundo informações da agência de notícias Xinhua. Conhecido como "olho do céu", o maior radiotelescópio do mundo aceitará pedidos de observação de cientistas de todo o mundo a partir de 1º de abril.
Os interessados em utilizar o Fast terão que se inscrever por meio do site do Observatório Astronômico Nacional da China (Naoc). Os horários ficarão disponíveis entre o período de 1º de abril e 1º de agosto.
Em entrevista à agência Xinhua, Jiang Peng, engenheiro-chefe do Fast, afirmou que cerca de 10% do tempo de observação do telescópio será dedicado a cientistas estrangeiros, destacando que "os cientistas chineses também precisam cumprir a formalidade de inscrição online".
Construído em meio às montanhas, o Fast tem 500 metros de diâmetro. Ao ser inaugurado, ele desbancou o radiotelescópio Arecibo, de Porto Rico (que entrou em colapso no ano passado), apontado até então como o maior nesta categoria.
O equipamento custou US$ 171 milhões (cerca de R$ 883 milhões, na cotação atual) e está localizado na depressão de Dawodang, no sudoeste da China. Ele é formado por 4,4 mil painéis de alumínio que se movem para focar diferentes áreas do céu.
Os criadores do Fast acreditam que ele poderá captar sinais que revelem mistérios relacionados à origem do universo. Um dos pontos de destaque do imenso radiotelescópio é sua capacidade de detectar "rajadas rápidas de rádio" (FRB, na sigla em inglês), eventos de energia intensa que duram apenas milissegundos.
Além disso, o radiotelescópio chinês é capaz de captar ondas de rádio em uma área duas vezes maior que o telescópio Arecibo conseguia.
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