Trump reclama de avisos em suas mensagens no Twitter: 'deveria ser ilegal'
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump reclamou hoje de como algumas publicações suas no Twitter sobre o resultado das eleições americanas têm sido tratadas pela rede social. Prestes a ter que deixar o cargo para o recém-eleito Joe Biden, o republicano alegou que o Twitter vem boicotando publicações suas sobre supostas fraudes no processo eleitoral.
"Toda vez que posto um tuíte, mesmo que esteja totalmente correto, eu ganho um aviso. E eles também não deixam a mensagem se espalhar", afirmou Trump hoje durante um comício realizado próximo à Casa Branca, em Washington. "Isso deveria ser ilegal", resumiu.
O evento fazia parte de uma marcha de apoiadores de Trump, convocada pelo próprio presidente para questionar o resultado das eleições americanas.
"No Twitter é muito difícil chegar no meu perfil. Eles não deixam a mensagem se espalhar nem de perto como deveriam. Eu tive muitas pessoas que me falaram: 'eu não consigo chegar no seu Twitter'", acrescentou o presidente americano.
A principal crítica de Trump é sobre avisos que a rede social tem colocado em suas publicações sobre a fraude eleitoral que ele alega ter sido vítima na derrota para Biden.
"Esta reclamação sobre fraude eleitoral é contestada", diz o aviso colocado pelo Twitter em uma publicação do presidente de hoje.
A primeira vez que o Twitter colocou um aviso em uma publicação de Trump foi ainda no final de maio do ano passado, quando o presidente americano criticava os votos por correio, que foram fundamentais na última eleição para garantir a vitória do democrata.
Seção 230
Em sua reclamação sobre o Twitter, Trump voltou a reforçar um posicionamento que tem adotado nas últimas semanas, de se mostrar contra a seção 230, uma parte da legislação americana sobre internet que dá proteção legal às redes sociais para que possam moderar o conteúdo que é publicado nelas.
"Eu tenho falado para esses republicanos, se livrem da seção 230", disse o presidente americano.
Aprovada ainda em 1996, a legislação diz que os provedores de serviços na internet não podem ser diretamente responsabilizados pelo conteúdo que é publicado nas redes sociais. Por isso, têm o poder de moderar as publicações de terceiros.
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