Michelle Obama pede bloqueio permanente de Trump das redes sociais
A ex-primeira dama Michelle Obama pediu que empresas de mídia social bloqueiem permanentemente as contas de Donald Trump. A declaração, publicada em rede social, acompanha iniciativas do Twitter, Instagram e Facebook, que limitaram o uso dos perfis do presidente após a invasão de manifestantes pró-Trump ao prédio do Capitólio, onde fica o Congresso americano.
"Agora é a hora das empresas do Vale do Silício pararem de permitir esse comportamento monstruoso —e ir ainda mais longe, banindo permanentemente esse homem de suas plataformas", escreveu ela.
Ontem, após a invasão ao Congresso, o Twitter bloqueou a conta do presidente por 12 horas, além de exigir a exclusão de três postagens. Segundo a rede social, o bloqueio pode ser permanente caso os tuítes não sejam apagados.
Horas depois, Trump foi banido por tempo indeterminado do Facebook e do Instagram. A notícia foi dada por Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Segundo ele, "os eventos das últimas 24 horas demonstram claramente que o presidente Donald Trump pretende usar seu tempo restante no cargo para minar uma transição pacífica e legal ao seu sucessor eleito, Joe Biden".
Na mensagem publicada nas redes sociais, Michelle diz que tentou colocar seus pensamentos no texto. Ela ainda compara e critica a ação policial durante os protestos do movimento Black Lives Matter e a invasão de ontem ao Congresso.
Invasão ao Capitólio
O Capitólio dos EUA foi invadido ontem por manifestantes apoiadores de Trump durante a sessão que certificaria Joe Biden como presidente.
Momentos antes da invasão, o presidente havia insuflado seus apoiadores a se manifestarem contra a proclamação da vitória Biden com um discurso na capital americana.
A sessão foi retomada por volta das 20h locais (22h de Brasília) com um pronunciamento do vice-presidente, Mike Pence: "Aqueles que causaram estragos em nosso Capitólio hoje, vocês não venceram. A violência nunca vence. A liberdade vence. Esta ainda é a casa do povo. Ao nos reunirmos nesta câmara, o mundo testemunhará novamente a resiliência e a força de nossa democracia.".
O Congresso americano certificou, na madrugada de hoje, a vitória do democrata. Em mensagem, Trump disse que haverá "transição ordenada" após o dia de caos em Washington.
"Embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro", disse o presidente em um comunicado postado no Twitter pelo porta-voz da Casa Branca Dan Scavino.
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