Parler processa Amazon por ter sido banida da nuvem da empresa
A rede social Parler iniciou um processo judicial contra a Amazon nesta segunda-feira (11), depois que a divisão de computação em nuvem da gigante da tecnologia tirou do ar o site conservador por não conter incitações à violência.
O Parler, com sede em Nevada, pediu a um tribunal federal uma ordem de restrição para impedir que a Amazon Web Services cortasse seu acesso a servidores de internet.
Em queixa apresentada ao Tribunal Distrital em Seattle, o Parler disse que a decisão da Amazon de fechar sua conta foi "aparentemente motivada por animosidade política" e "aparentemente projetada para reduzir a concorrência no mercado de serviços de microblog em benefício do Twitter."
A ação surge em meio a uma onda de medidas de grandes serviços online para cortar o acesso de apoiadores do presidente Donald Trump, após os distúrbios no Capitólio dos Estados Unidos da semana passada e de supostos planos de novas manifestações violentas.
A popularidade do Parler disparou nas últimas semanas, ao tornar-se um refúgio para pessoas indignadas com a política de moderação de redes sociais como o Twitter, que encerrou a conta de Donald Trump, em definitivo, na última sexta-feira (8).
Na rede conservadora, foram divulgadas mensagens de apoio aos que invadiram o Congresso na quarta-feira (6). Algumas delas também convocaram a realização de novos protestos contra o resultado da eleição presidencial de novembro, vencida pelo democrata Joe Biden.
Google, Apple e Amazon atacam
A rede social conservadora foi desativada da internet nesta segunda-feira (11) um dia depois de a Amazon advertir a empresa que perderia acesso a seus servidores por ser incapaz de moderar as mensagens incitando a violência.
O site de rastreamento de Internet Down For Everyone Or Just Me mostrou a rede Parler desativada pouco depois da meia-noite local (5h em Brasília), o que sugere que seus donos não conseguiram nenhum outro provedor de serviço.
A Amazon segue, assim, os passos do Google e da Apple, que já removeram a Parler de suas plataformas de download. Em uma carta enviada à rede social, a empresa justificou a decisão, devido ao aumento de "conteúdos violentos".
Em uma série de "posts" no Parler, seu fundador, John Matze, confirmou no sábado que seu aplicativo não estaria disponível a partir do dia seguinte e acusou os gigantes da tecnologia de estarem em uma "guerra contra a liberdade de expressão". Procurada pela AFP, o Parler não quis comentar.
* Com agência AFP e Reuters
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