Sem tempo, irmão
- Galaxy S21, a versão mais simples, tem muitos recursos comuns às outras variantes mais sofisticadas
- Nos EUA, Galaxy S21 custa US$ 799; antecessor, Galaxy S20, custava US$ 999
- Apesar de redução de preço lá fora, no Brasil o dólar alto deve influenciar no valor do Galaxy S21
- Consultoria IDC detectou crescimento na categoria de celulares premium; Samsung pode surfar nessa onda
Estamos na segunda semana útil do ano e já temos a Samsung lançando o seu top de linha, Galaxy S21, que desta vez são três modelos. Em 6 de fevereiro saberemos mais detalhes sobre a chegada do trio ao Brasil. Enquanto isso, analisando as especificações das três variantes do telefone eu diria ao consumidor que fique de olho no Galaxy S21 — sim, me refiro à versão mais barata do aparelho.
Digo isso sem saber ainda o preço do smartphone no mercado brasileiro, mas os três aparelhos estão muito próximos nas especificações. Em comum, todos têm boa parte do conjunto de câmeras e o mesmo processador —óbvio, o S21 Ultra é um monstro, mas também deve chegar valendo os olhos da cara.
Quer gravar em 8K? O S21 faz. Tem interesse em usar o modo diretor, que permite gravar com a câmera selfie e traseira simultaneamente? Ele também faz isso. Os pontos negativos do S21 "puro sangue" são a bateria menor comparado ao S21+ (4000 mAh x 4.800 mAh) e uma tela menor (6,2 polegadas x 6,7 polegadas). Já o S21 Ultra tem recursos exclusivos para públicos bem específicos, como câmera quádrupla e suporte à caneta stylus S Pen.
De acordo com o site sul-coreano "ET News", a própria Samsung aposta no sucesso do S21 "básico", dedicando 60% de sua produção a este aparelho. Além disso, a publicação aponta que o modelo sofreu uma redução de preço comparado a seus antecessores. O Galaxy S20 base custava nos EUA US$ 999, enquanto o Galaxy S21 será vendido por US$ 799.
Não custa lembrar que os Galaxy S21 contam com itens a menos na caixa que seus antecessores. Não virá adaptador de tomada para carregamento (o cabo USB-C ainda é incluso) nem fones de ouvido. Sem contar que não há entrada para memória microSD.
Durante apresentação dos detalhes do Galaxy S21 para um grupo de jornalistas, a companhia informou que ainda estava estudando como proceder no Brasil. Mesmo assim, a comunicação da empresa já aponta para um mundo sem carregadores.
No site da companhia, é informado que na caixa virá um cabo do tipo USB-C, pino de ejeção de chip e um guia rápido. É possível achar o seguinte texto na página: "Comece 2021 mais leve. Ele vem exatamente com o que você precisa e nada que vá encher suas gavetas".
Como já falei, não há ainda previsão de preço no Brasil para o Galaxy S21. Mas vale relembrar o preço do seu antecessor por aqui. O Galaxy S20 estreou com preço sugerido de R$ 5.499 —a cotação do dólar, que influi bastante na precificação dos celulares, na época estava na casa dos R$ 4,70. Atualmente, no varejo você consegue encontrá-lo por R$ 3.500.
Em comparação, o Galaxy S21 chegará ao Brasil com um dólar na casa dos R$ 5,20 (considerando a cotação do dia) e com menos itens. Estou curioso para saber como a Samsung fará este cálculo.
Um possível Galaxy S21 mais barato por aqui faria bastante sentido. Segundo o analista Renato Meireles, da consultoria de mercado IDC, o grosso das vendas de smartphone no Brasil é de aparelhos de gama intermediária. No entanto, segundo ele, no ano passado houve um crescimento de 33% na categoria de telefones premium com preço entre R$ 3.000 e R$ 3.999 no terceiro trimestre de 2020.
Talvez na estreia o novo celular base chegue acima dessa faixa (não duvido se a Samsung incluir acessórios, como os Galaxy Buds Pro ou algum smartwatch). Mas, como mostra a tradição, sempre há uma redução de preço um tempo após a estreia do produto.
Não duvido que ele fique aí na faixa indicada pela consultoria IDC um tempo após o lançamento. Essa busca por aparelhos mais sofisticados é fruto de um amadurecimento do consumidor. Atualmente, o comprador busca aparelhos bonitos e com boas especificações —e não mais liga apenas para marca e preço, como era praxe há alguns anos. Nesse sentido, o Galaxy S21 comum já dá e sobra.
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