Topo

Pela 1ª vez, Virgin Orbit envia foguete ao espaço a partir de um avião

Cosmic Girl, o Boeing 747 da Virgin Orbit, levando o foguete LauncherOne para o espaço - Divulgação/Virgin Orbit
Cosmic Girl, o Boeing 747 da Virgin Orbit, levando o foguete LauncherOne para o espaço Imagem: Divulgação/Virgin Orbit

Lucas Carvalho

De Tilt, em São Paulo

17/01/2021 17h07Atualizada em 18/01/2021 12h21

A empresa de lançamentos espaciais Virgin Orbit realizou hoje com sucesso o lançamento de um foguete a partir de um avião em movimento. A missão Demo 2 levou dez pequenos satélites da Nasa à órbita da Terra.

O avião, batizado de Cosmic Girl, é um Boeing 747 adaptado e pilotado manualmente —isto é, com pilotos a bordo, não é controlado a distância. Ele decolou de uma pista na base de testes Mojave Air and Space Port, no deserto da Califórnia, EUA, às 15h47. Debaixo da asa, o foguete LauncherOne, arremessado ao espaço às 16h30 e chegando à órbita da Terra dez minutos depois.

Com 21 metros de comprimento, composto por dois estágios, o foguete carregava nove Cubesats (satélites de pesquisa e comunicação em formato de cubo, com menos de 1,5 kg cada). Eles fazem parte do programa Educational Launch of Nanosatellites, da agência espacial norte-americana Nasa.

Às 19h28, a Virgin Orbit anunciou que os satélites foram colocados em órbita com sucesso, encerrando a missão.

O progresso da missão foi divulgado em tempo real no Twitter da Virgin Orbit. Uma hora após a decolagem, quando Cosmic Girl atingiu uma altitude de 10 mil metros (35 mil pés, a mesma de um voo comercial em cruzeiro), o foguete foi solto no ar para alcançar sozinho a baixa órbita terrestre, onde deixou os satélites.

Na primeira tentativa frustrada, em maio do ano passado, o foguete apresentou uma falha no motor do primeiro estágio (booster) e não conseguiu chegar à órbita após se separar do avião. Mas ele não carregava nenhum satélite.

O sistema aéreo da Virgin Orbit, usando um avião comum em vez de um dispendioso lançamento de foguete por terra, consegue carregar satélites de até 500 kg. A ideia é oferecer menor custo, mais flexibilidade e melhor capacidade de resposta em relação a um grande lançamento vertical.