Clubhouse: quer entrar na rede social de áudio? Convite já custa até R$ 279
Sem tempo, irmão
- Nova rede social é baseada em áudios, exclusiva para iPhones e com inscrição por convites
- No Brasil, é possível achar convites por até R$ 279 com vendedores do Mercado Livre
- Bilionário Elon Musk e Boninho, diretor da TV Globo, foram dois nomes que bombaram app
O Clubhouse, nova rede social baseada em conversas por voz, ganhou fama quando passou a ser usado pelo bilionário Elon Musk na semana passada. Como por enquanto o aplicativo é exclusivo para iPhones e limitado a pessoas que receberam um convite, há muita gente ansiosa para participar.
No Brasil, é possível achar convites por até R$ 279 com vendedores do Mercado Livre. A cobiça por aqui ganhou mais força neste final de semana, após o diretor do "Big Brother Brasil", José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, conversar sobre o reality show no app.
Entre 30 de janeiro a 6 de fevereiro, as buscas por Clubhouse no Google saltaram 525% em relação à semana anterior. No Twitter, o termo está há dias nos "trending topics" do país.
Outras celebridades internacionais que estão usando o aplicativo são Oprah Winfrey, Kevin Hart, Virgil Abloh, Drake, Chris Rock e Ashton Kutcher.
Na China, conhecida pela censura às redes sociais, o aplicativo foi bloqueado pelo governo.
Como funciona o Clubhouse?
Quem tiver um iPhone e receber um convite pode se cadastrar na plataforma e acessar diversas salas de bate-papo. Nelas, não é possível enviar fotos ou vídeos: apenas ouvir e falar.
Há salas sobre os mais variados temas e você pode entrar e sair delas a qualquer hora. A participação é apenas em tempo real —não se pode reproduzir áudios antigos, como em uma conversa de WhatsApp ou Telegram.
Nas salas menores, todos os participantes podem ficar com o microfone aberto. Lembre-se de pausá-lo quando estiver falando outra coisa ou em um ambiente com muito barulho. Funciona como uma chamada de voz normal: não é preciso apertar nada para falar.
Nas maiores salas, há moderação e é preciso "levantar mão" para falar, por meio de um emoji —a participação pode ser negada. É como uma palestra ou podcast, que pode ter até 5 mil ouvintes simultâneos.
Há eventos marcados e até "programas" fixos, com dia e hora para acontecer, como o "The Good Time Show", que teve a inesperada participação de Elon Musk no dia 31 de janeiro para falar sobre seu interesse por criptomoedas, os planos de colonização de Marte e distribuição de vacinas.
Dá para criar chats privados, de tema livre, para falar apenas com seus contatos. Como moderador, você controla quem pode falar e quem apenas escuta. Dá até para definir que você seja o único permitido a falar.
Assim, o Clubhouse pode ser usado para os mais diversos fins: uma aula online, uma reunião de trabalho, uma missa, uma consulta ou até para comentar "ao vivo" com seus amigos sobre um filme que estão vendo juntos, cada um em sua casa.
É proibido gravar as conversas e elas não ficam armazenadas pelo app.
Como conseguir um convite?
Cada participante tem direito a convidar dois amigos para a rede social —eles também precisam ter iPhone. Então, a primeira chance é pedir aos colegas que já fazem parte.
Novos interessados podem baixar o app e entrar em uma lista de espera, sincronizada com os contatos do celular. Se algum amigo estiver lá e ainda não tiver usado os dois convites, pode liberar sua participação. Com a crescente popularidade da rede, isso não deve demorar muito.
A outra opção, para quem tem pressa, é adquirir um convite em algum marketplace. Além do mercado livre, há ofertas em plataformas internacionais como Reddit, eBay, Craigslist e Idle Fish. De acordo com os desenvolvedores, "em breve" haverá uma versão para Android.
O Clubhouse foi em lançado em março de 2020 por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e Paul Davidson, empresário do Vale do Silício, como um "novo tipo de produto social baseado na voz, que permite que pessoas de todos os lugares falem, contem histórias, desenvolvam ideias e criem amizades ao redor do mundo".
O "boom" aconteceu apenas este ano, e a empresa foi recentemente avaliada em US$ 1 bilhão, entrando para o seleto grupo dos "unicórnios".
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