YouTube retira vídeo com ataques ao STF do canal de Daniel Silveira
O YouTube retirou o vídeo do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) em que são feitos ataques do STF (Supremo Tribunal Federal) e aos ministros da Corte do canal do político na plataforma. O motivo alegado foi violação da "política do YouTube relativa a assédio e bullying".
Ao acessar o link do vídeo no canal do deputado fluminense, um player de vídeo preto, com um ponto de exclamação e a mensagem "este vídeo foi removido por violar a política do YouTube relativa a assédio e bullying" são exibidos, além de um link para a política da plataforma.
Em comunicado enviado a Tilt sobre o ocorrido, o YouTube informou que não comenta casos específicos. No entanto, a plataforma ressaltou que "é uma plataforma de vídeo aberta" e que "qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes da comunidade".
No caso de alguém encontrar algum conteúdo em desacordo com as políticas, poderá fazer uma denúncia e a equipe da companhia fará uma análise do material. "Quando não há violação à política de uso do produto, a decisão final sobre a necessidade de remoção do conteúdo cabe ao Poder Judiciário", diz o comunicado.
Silveira teve sua prisão expedida ontem (16) pelo ministro do STF Alexandre de Moraes justamente pelo vídeo contendo ataques ao Supremo. Na peça, o deputado mira especialmente o ministro Edson Fachin, que subiu o tom contra o ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas.
No pedido de prisão, Moraes ainda determinou que o YouTube deveria bloquear a disponibilização do vídeo na plataforma, sob pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Porém, o vídeo de Silveira falando do cumprimento da ordem de prisão continua no ar. No vídeo de 2min11, o deputado do PSL diz que colocará os ministros do STF nos seus "devidos lugares" e fez críticas a atitude de Alexandre de Moraes.
Hoje, o plenário do Supremo manteve por unanimidade a prisão preventiva de Daniel Silveira e a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou denúncia contra o parlamentar.
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