Meteorito mais antigo que a Terra cai no Saara e vira alvo de estudo
Um meteorito mais velho que a própria Terra caiu no Saara, na região da Argélia, de acordo com estudo da PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) divulgado nesse mês. O magma teria se formado há cerca de 4,6 bilhões de anos, isto é, 20 milhões de anos antes da Terra. Os pesquisadores determinaram sua idade a partir da análise de isótopos de magnésio e alumínio.
A queda aconteceu em maio de 2020 e agora os resultados dos estudos foram apresentados. Pesando 32 kg, o batizado Erg Chech 002, chamado de Erg Chech 2020 ou EC 002, é um pequeno fragmento de um dos primeiros protoplanetas formados nos primeiros milhões de anos do Sistema Solar. Protoplanetas são objetos considerados pequenos demais para serem considerados planetas.
"O meteorito recém-descoberto Erg Chech 002 (EC 002) se origina de uma dessas crostas ígneas primitivas e tem uma composição volumétrica de andesito. É proveniente da fusão parcial de um reservatório condrítico não carbonáceo, sem esgotamento de álcalis em relação à fotosfera do Sol e com alto grau de fusão em torno de 25%", diz a pesquisa.
Até hoje, cerca de 3.100 meteoritos estudados vieram da crosta ou do manto e são formados por basalto. O EC 002, por sua vez, distingue dos demais por ser formado do mineral andesita, material mais fácil de ser encontrado nos Andes e montanhas.
"Isso sugere que os primeiros protoplanetas diferenciados que povoaram o Sistema Solar, bem como a maioria de seus detritos, certamente foram destruídos ou posteriormente agregados aos planetas rochosos em crescimento, tornando a descoberta de meteoritos originários de crostas primordiais uma ocorrência excepcional", afirma a publicação.
Meteoritos oriundos de protoplanetas são raros de serem encontrados porque muitos foram destruídos na atmosfera ou foram absorvidos por planetas maiores, como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, de acordo com o IFL Science.
"Nenhum asteroide compartilha as características espectrais do EC 002, indicando que quase todos esses corpos desapareceram, seja porque passaram a formar os blocos de construção de corpos ou planetas maiores ou simplesmente foram destruídos", confirma a publicação científica.
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