Internet fixa é considerada pior serviço no país. Qual a melhor operadora?
A banda larga fixa foi o serviço de telecomunicações com as piores avaliações em 2020. É o que revela a pesquisa de satisfação e qualidade percebida da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), divulgada nesta semana.
Em uma escala de satisfação de 0 a 10, internet fixa registrou a nota 6,51. Foram realizadas 92 mil entrevistas em todos os Estados e o Distrito Federal, entre julho e novembro de 2020.
Desde 2015, quando a pesquisa começou a ser aplicada no Brasil, a banda larga fixa vem registrando queda nas avaliações. Naquele ano a nota havia sido 6,58.
O levantamento feito pela Agência considerou indicadores como: a satisfação geral, canais de atendimento, oferta e contratação, o funcionamento do serviço e os sistemas de atendimento telefônico para demandas e queixas.
Confira a seguir o ranking com as notas das operadoras que fornecem serviços de banda larga fixa:
- Unifique - 7,76 (Santa Catarina)
- Brisanet - 7,73 (com atuação em estados do Nordeste como Ceará e Paraíba)
- Algar - 7,13 (Goiás e Minas Gerais)
- TIM - 6,91
- Vivo - 6,80
- Sercomtel - 6,65
- Claro/NET - 6,52
- Sky - 6,08
- Oi - 5,78
- Hughes - 4,86 (atuação nacional)
De acordo com a avaliação dos entrevistados, a cobrança e a recarga (7,23), reparo e instalação (7,10) e oferta e canais de atendimento (6,82) conquistaram as melhores notas. Na outra ponta, a capacidade de resolução (6,06), atendimento telefônico (6,16) e funcionamento (6,45) foram os itens de maior reclamação.
Para os responsáveis pelo estudo, a pandemia e o aumento do uso da internet fixa influenciaram a avaliação dos usuários. O superintendente de controle de obrigações da Anatel, Gustavo Santana Borges, afirmou que este contexto aumentou a exigência das pessoas, o que se refletiu também nas reclamações, de acordo com informações da Agência Brasil.
"A partir de março tivemos pandemia, onde todas as pessoas passam a trabalhar de casa, estudar. Os picos antes eram noturnos, associados aos vídeos sob demanda. E o que se percebeu foi que aumentaram os picos 50% acima do volume de tráfego de antes, mas de manhã, à tarde e à noite. Muitas vezes você tem duas, três conexões simultâneas em casa", explicou.
Fábio Koleski, gerente de interações institucionais, satisfação e educação para o consumo da Anatel, acrescentou que o funcionamento da internet fixa não foi um problema. No entanto, criticou a falta de clareza das operadoras de telecomunicações diante de seus clientes.
"Ainda não existe pelas prestadoras uma clareza de o que o consumidor consegue com aquela velocidade que ele contrata, como que ele deve ser orientado a usar uma conexão doméstica. Toda uma parte de transparência na oferta da banda larga, nos aspectos técnicos que a gente sente que precisa melhorar muito", disse Koleski.
Telefone pós-paga
Ao contrário da banda larga fixa, os serviços de telefonia pós-paga foram os mais bem avaliados, pelo quarto ano consecutivo, com média de 7,49, de acordo com a mesma pesquisa da Anatel.
Notas das operadoras com serviços de celular pós-pago
- Claro 7,75
- Vivo 7,62
- Tim e Algar 7,50 (cada uma)
- Nextel 7,11
- Oi 6,87
Já a telefonia pré-paga, ficou com a segunda colocação na percepção de qualidade de serviço, com média de 7,45. As notas completas foram:
- Algar 7,79
- Claro 7,66
- Nextel 7,60
- Sercomtel 7,43
- Tim 7,42
- Vivo 7,34
- Oi 7,29
O terceiro e o quarto foram ocupados pela telefonia fixa, com nota média 7,36, e TV por assinatura, com 7,17.
Celular e TV por assinatura
As melhores avaliações na categoria pós-paga foram cobrança e recarga (7,69), funcionamento (7,61) e oferta e contratação (7,44). A capacidade de resolução (6,28), canais de atendimento (6,31) e atendimento telefônico (6,37) já foram os serviços com notas menores.
No setor de TV por assinatura, o funcionamento (8,39), reparo e instalação (7,71) e cobrança e recarga (7,37) foram indicadores positivos. As reclamações ficaram mais por conta do atendimento telefônico (6,39), da capacidade de resolução (6,50) e dos canais de atendimento (7,04).
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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