Deepfake: nova técnica descobre se foto de pessoa é falsa pelos olhos
Cientistas da computação da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, desenvolveram uma ferramenta capaz de identificar deepfake, ou seja, imagens super-realistas falsas de pessoas fazendo ou dizendo coisas que nunca fizeram.
De acordo com o artigo publicado em outubro de 2020 e divulgado recentemente pelo "The Next Web", as imagens são detectadas analisando a luz refletida nos olhos das pessoas.
Os pesquisadores explicam que em fotos reais os reflexos nas córneas são iguais; afinal, estão vendo a mesma coisa. Já em deepfakes sintetizadas por GANs (modelos de rede de adversário generativo, na sigla em inglês), os reflexos costumam ser diferentes, mostrando diferentes formas geométricas ou localização incompatíveis dos reflexos, por exemplo.
A nova ferramenta se mostrou 94% eficaz na detecção de imagens deepfake retiradas do ThisPersonDoesNotExist, um repositório de imagens criado com a arquitetura StyleGAN2. Mas há ainda diversas limitações.
A tecnologia só se provou eficaz em imagens no modo retrato, ou seja, a pessoa olhando para a câmera. Outras fotos têm menor probabilidade de reflexos visíveis nos olhos das pessoas, explicam os pesquisadores. Além disso, a ferramenta depende de uma fonte de luz refletida nos dois olhos.
Por conta dessas limitações, a tecnologia não será capaz de detectar deepfakes mais sofisticados, apenas as imagens mais rudimentares. Mas, os cientistas estão planejando melhorar a eficácia da ferramenta.
O que é deepfake?
Deepfakes são imagens alteradas digitalmente usando GANs, um tipo de inteligência artificial (IA). O software criador de deepfake pode ser usado para substituir o rosto de uma pessoa pelo rosto de outra em vídeos e imagens.
Além disso, essa tecnologia é capaz de criar rostos humanos a partir do nada. Em 2019, o site ThisPersonDoesNotExist ilustrou como os GANs podem ser usados.
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