Faxina no espaço: Missão japonesa vai limpar órbita da Terra usando ímãs
O espaço também sofre com problemas de falta de limpeza. Estima-se que 9.000 toneladas de lixo espacial, em milhões de pedaços, orbitam a Terra. Para ajudar a colocar ordem por lá, uma missão espacial japonesa vai tentar recolher os detritos com a ajuda de ímãs.
A tecnologia, chamada ELSA-d, foi desenvolvida pela Astroscale, empresa com sede no Japão. A estrutura é a primeira apresentada para a função e envolve dois satélites: um chamado de servidor e outro, de cliente. Eles foram lançados juntos em um foguete diretamente do Cazaquistão no domingo (21), mas vão trabalhar separados.
No espaço, o cliente terá a função de buscar os detritos. Quando achar, o servidor vai encontrá-lo por meio de seus sensores e se acoplar pelo encaixe magnético. Depois, o cliente será liberado para voltar a recolher mais lixo espacial.
A expectativa é que o ELSA-d opere por seis meses. No final, os dois satélites serão rebaixados juntos novamente para a atmosfera da Terra e queimados com o lixo. O monitoramento será realizado por um centro de controle localizado em Harwell, no Reino Unido. O lançamento da missão foi transmitido em tempo real no YouTube.
Por que eliminar o lixo espacial?
O teste acompanha o empenho de pesquisadores para encontrar soluções para remover o lixo espacial. A Nasa define os detritos como: "objetos gerados por humanos, como pedaços de espaçonaves, minúsculas manchas de tinta de uma espaçonave, partes de foguetes, satélites que não estão mais funcionando ou explosões de objetos em órbita voando no espaço em alta velocidade".
Um relatório divulgado pela agência espacial norte-americana no início deste ano alertou para a concentração de lixo no espaço, considerando o crescente número de lançamentos de satélites.
De acordo com o documento, existem "26 mil pedaços de lixo do tamanho de uma bola de softball ou maior que poderiam destruir um satélite com o impacto; mais de 500 mil do tamanho de uma bola de gude grande o suficiente para causar danos a espaçonaves ou satélites; e mais de 100 milhões do tamanho de um grão de sal que poderiam perfurar um traje espacial".
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