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Moto G ganha versão mais poderosa com preço alto e caixa perfumada

Lucas Carvalho/Tilt
Imagem: Lucas Carvalho/Tilt

Lucas Carvalho

De Tilt, em São Paulo

25/03/2021 11h00Atualizada em 01/04/2021 20h50

Sem tempo, irmão

  • Moto G100 é o primeiro "top de linha" da marca Moto G, feito para comemorar as 10 gerações da família
  • O aparelho também estreia a plataforma Ready For, que permite transformar o celular em uma espécie de PC compacto
  • Com configurações de ponta, o Moto G100 é vendido pelo preço sugerido de R$ 3.999

A Motorola comemora em 2021 o lançamento da décima geração do Moto G, o celular mais popular da marca (e a linha mais vendida dela no Brasil). Para celebrar o momento, o aparelho ganhou uma versão premium, o Moto G100, com recursos de ponta e até uma embalagem perfumada. Tudo isso por a partir de R$ 3.999, o mais caro da família já lançado no Brasil.

O Moto G100 se destaca pelo processador, um Qualcomm Snapdragon 870. Chips dessa linha geralmente vão para modelos mais caros, como o Motorola Edge+, lançado em 2020. Não é à toa que, na China, o novo aparelho foi lançado com o nome de "Moto Edge S".

O aparelho vem com uma tela de 90 Hz —que promete mais suavidade nas animações—, 12 GB de memória RAM, suporte à futura rede 5G (e também ao 5G DSS, que já existe em algumas cidades brasileiras) e um pacote de acessórios que a Motorola chama de "Ready For" ("pronto para", em inglês), que promete transformar o celular em um PC compacto.

Os acessórios consistem de um cabo HDMI para conectar o Moto G100 a um monitor com mouse e teclado; e uma base magnética que acompanha o seu movimento enquanto você faz uma chamada de vídeo.

O pacote com o Moto G100 e o cabo HDMI é vendido por R$ 4.099. O cabo sozinho custa R$ 149 e o pacote com o cabo e a base magnética sai por R$ 379.

De olho no Moto G100

Tilt recebeu o Moto G100 antecipadamente para realizar alguns testes. A primeira coisa que me chamou a atenção no aparelho foi... o cheiro.

A Motorola fez uma parceria com a empresa de perfumes Firmenich, que desenvolveu para o lançamento uma fragrância exclusiva. O aroma pode ser sentido no momento em que você abre a caixa. Mas, não se preocupe, o celular não fica com aquele cheiro por muito tempo.

O design também chama a atenção. A traseira de plástico tem um acabamento metalizado que causa um efeito interessante na cor: dependendo do ângulo que você olha, o aparelho parece azul ou lilás. Por outro lado, acumula marcas de dedo com muita facilidade.

A tela é outro ponto positivo. O painel LCD de 6,7 polegadas (17 centímetros na diagonal) exibe cores vibrantes e com bom contraste. A resolução não é a mais alta possível, mas dá conta do recado. E a taxa de atualização em 90 Hz garante animações mais suaves ao olhar.

Motorola Moto G100 - Lucas Carvalho/Tilt - Lucas Carvalho/Tilt
Imagem: Lucas Carvalho/Tilt

No pouco tempo que pude testar o aparelho, o processador e os 12 GB de RAM sustentaram um desempenho livre de travamentos. Mesmo em jogos pesados, não vi o Moto G100 travar uma vez sequer. Mais detalhes sobre a performance você confere no review do modelo, que Tilt publicará em breve.

A bateria de 5.000 mAh oferece, segundo a Motorola, mais de 40 horas de autonomia. Não tive tempo de colocar essa promessa à prova, mas o carregador que acompanha o Moto G100 na caixa é um modelo de 20 W, inferior ao de 30 W usado no seu antecessor, o Moto G9 Plus —o que pode limitar, ainda que pouco, a velocidade de carregamento.

No meu breve teste com a ferramenta "Ready For", conectei o celular à TV para usá-lo como um PC. A navegação ainda não está 100% adaptada —alguns sites são exibidos em versão mobile, enquanto outros estouram os limites da tela. Há ainda um certo atraso entre o comando dado no celular (que pode ser usado como um mouse) e o resultado na tela. Há muito o que melhorar.

Câmeras

O Moto G100 tem quatro sensores na parte traseira e dois na parte frontal do aparelho, mas a primeira impressão não foi das mais empolgantes. O módulo traseiro é composto por:

  • Uma lente principal de 64 MP;
  • Uma lente ultra-wide (grande-angular) que consegue capturar mais conteúdo numa foto com 16 MP;
  • Um sensor de profundidade de 2 MP;
  • Um sensor TOF ("time of flight", ou "tempo de voo").

Os dois últimos não são exatamente câmeras, já que não aparecem como opções de ângulos que você possa usar. Eles servem, na verdade, para separar com mais precisão o objeto em primeiro plano do fundo, para criar aquele efeito de "fundo desfocado" visto em câmeras profissionais.

Graças a esses sensores, a lente ultra-grande angular consegue operar também como uma lente macro, que permite tirar fotos de detalhes bem de pertinho sem perder o foco. Mas, no meu teste, esse foco automático vacilou um pouco antes de acertar.

Já a câmera frontal é composta por uma lente de 16 MP e outra grande-angular de 8 MP, que serve para capturar mais conteúdo. O problema é que as selfies passam por uma suavização agressiva, que deixaram meu rosto com um aspecto quase emborrachado. A princípio, não curti.

Ficha técnica: Moto G100

  • Tela: LCD; 6,7 polegadas; Full HD+ (1080 x 2520); 90 Hz; 21:9
  • Processador: Snapdragon 870; 3,2 GHz; octa-core
  • Câmeras: traseira de 64 MP (Principal), 16 MP (Ultra-grande angular e macro), 2 MP (profundidade) e sensor TOF; e frontal de 16 MP (principal) e 8 MP (ultra-grande angular)
  • Memória: 256 GB (com suporte a micro SD de até 1 TB) de armazenamento; e 12 GB de RAM
  • Bateria: 5.000 mAh
  • Preço: R$ 3.999