Após casos de violência nos EUA, rede social Parler voltará à App Store
A Apple vai permitir o retorno do polêmico aplicativo Parler à App Store, loja de apps para iPhones e iPads, após um banimento de mais de três meses. Mas isso só irá acontecer quando uma versão atualizada do app estiver disponível, resolvendo os problemas como a moderação de conteúdo e vazamento de dados.
A informação foi divulgada pelo congressista republicano Ken Buck, que recebeu uma carta da Apple, explicando as diversas violações à política da empresa que levaram à remoção do aplicativo. Buck disse que a população estaria sendo "censurada" com o banimento.
Nos últimos meses, a empresa realizou diversas conversas com o Parler, que teria se comprometido a revisar suas práticas e fazer alterações na plataforma. Por enquanto, o app continua fora da loja, mas seu retorno não deve demorar. Ainda não foram divulgadas quais modificações especificamente foram feitas.
Polêmicas
Fotos de perfil com suásticas, nomes de usuários homofóbicos e todo tipo de discurso de ódio: no final de 2020, a rede social virou um refúgio para grupos de extrema-direita dos Estados Unidos.
Esse movimento ganhou força depois que o Twitter desativou diversas contas, incluindo a de Donald Trump. Em nome de uma suposta liberdade de expressão, conteúdo ameaçador, violento, racista e neonazista era distribuído sem moderação.
A gota d'água aconteceu em 6 de janeiro deste ano. O Parler foi execrado por permitir que manifestantes apoiadores do ex-presidente dos EUA organizassem a invasão ao Capitólio, que deixou cinco mortos e mais de 140 policiais feridos. Depois disso, foi expulso da internet, banido das lojas de aplicativos Google Play, App Store, e do AWS, serviço de nuvem da Amazon, que hospedava a plataforma.
Desde então, o aplicativo tem tentado sem sucesso voltar aos serviços. Com nova hospedagem, ele atualmente funciona apenas nos navegadores de internet. De acordo com a carta da Apple, não houve nenhuma ação coordenada entre as três gigantes de tecnologia, acusadas de conjuntamente tentarem "silenciar" os conservadores.
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