Cabify deixa de atuar no Brasil; empresa diz que busca rentabilidade
O aplicativo de mobilidade Cabify vai encerrar as operações no Brasil em 14 de junho deste ano. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23) em um comunicado nas redes sociais da empresa, que competia com Uber e 99 no ramo de corridas com motoristas particulares. A empresa diz que não conseguiu ser rentável no país nos últimos meses.
Fundada em 2011 na Espanha, a empresa está presente em mais de 85 cidades em nove países —os outros oito além do Brasil são Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru e Uruguai— e atuava aqui desde maio de 2016. Segundo um comunicado enviado a Tilt, a Cabify diz que a decisão foi por motivos econômicos.
Fontes da empresa explicam que a Cabify tem um forte compromisso com a busca de rentabilidade e que, como resultado de um constante processo de análise neste mercado, tomou a decisão de encerrar o serviço a partir de 14 de junho
Comunicado da Cabify
Além disso, diz que foi impactada pela queda de público durante a pandemia. "A empresa de mobilidade ressalta que o mercado brasileiro ainda é muito afetado pela grave situação sanitária do país e pela crise sócio-econômica local causada pela covid. Este contexto dificulta a criação de valor e tem levado a empresa a parar sua operação no Brasil."
A situação brasileira contrastaria com o que está ocorrendo nos demais países onde a companhia atua. "Todas as cidades da América Latina e da Espanha onde Cabify está presente mostram bons índices de recuperação em comparação com o nível de atividade anterior à pandemia e, em média, a demanda global de viagens da Cabify se recuperou em 75% até o final de 2020. Além disso, em alguns mercados, 100% da demanda foi reativada durante os primeiros meses de 2021."
A Cabify também diz que já informou os motoristas, passageiros e empresas que usam o app sobre a decisão de sair do Brasil.
"Depois de tantos anos nos movendo, no próximo dia 14 de junho deixaremos de operar no Brasil. Obrigado por tudo, e mesmo que não os levamos mais de Cabify, os levaremos para sempre no coração. Nos vemos nos países onde ainda operamos o serviço", diz a postagem da empresa no Twitter. A empresa também enviou comunicado por email aos passageiros.
Aqui, o grupo atuava com dois serviços principais, conforme explicou o executivo-chefe Pedro Meduna, em entrevista ao UOL Líderes: a Cabify, que é um serviço de transporte com motoristas particulares, e a Easy Taxi, com taxistas. A empresa afirma ter mais de 33 milhões de usuários no mundo todo, mais de 400 mil motoristas e 65 mil empresas como clientes corporativos.
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