Deu Tilt#14: Como peritos acessam dados de celulares bloqueados?
Cada vez mais, as mensagens e arquivos guardados nos celulares estão sendo usados como provas de crimes pela Justiça. E, não adianta qual aplicativo você usa, nem o sistema do seu smartphone. Segundo Evandro Lorens, diretor da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), não existe software que não possa ser violado.
Lorens conversou sobre o assunto com Guilherme Tagiaroli, repórter de Tilt, no 14º episódio do nosso podcast de ciência e tecnologia, o "Deu Tilt".
Ouça o episódio na íntegra no arquivo acima.
"Não existe software seguro 100%. Todos software é vulnerável de alguma forma. Isso pode não ser descoberto hoje, partir daqui um mês, daqui dez anos. Mas software é software, por natureza, não existe código perfeito", afirmou (ouça a partir de 18:58).
Para Lorens, também não é possível dizer que iPhones são mais seguros que Androids ou vice-versa. São muitas as variáveis que determinam isso. Os celulares da Apple, segundo ele, são muito focados na privacidade.
Por outro lado, o sistema Android, por ter código aberto, tem muita gente trabalhando em cima das falhas de segurança (ouça a partir de 16:51).
"Pela quantidade de fabricantes que optam pela tecnologia Android você naturalmente pode encontrar uma diversidade maior de tipos de falhas, mas isso não quer dizer que é que a plataforma é menos segura", disse.
"Por outro lado, no mundo Apple como tem pouca gente trabalhando, vamos dizer assim, em cima desse código, a quantidade de falhas descobertas pode ser menor. Então dá uma falsa sensação de que a plataforma mais segura", completou.
Aliás, segundo Lorens, não existe hoje, nenhum celular totalmente inviolável (ouça a partir de 24:58).
"Não existe equipamento inviolável ou software inviolável. Neste mundo, infelizmente, para alguns, felizmente, para outros, não existe nada que seja inviolável", cravou.
Os podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts e em todas as plataformas de distribuição de áudio. Você pode ouvir Deu Tilt, por exemplo, no Spotify, na Apple Podcasts e no YouTube.
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