Quem fica com o quê? Os bens que Melinda e Bill Gates terão que dividir
Desde que Bill e Melinda Gates anunciaram a separação, no último dia 3 de maio, muito tem se especulado sobre como ficará a divisão dos bens do casal, que soma uma fortuna de US$ 130 bilhões (cerca de R$ 670 bilhões).
Um processo de divórcio para administrar a divisão desse patrimônio está em andamento na corte americana e a primeira audiência está marcada para abril de 2022. Os dois estavam juntos desde 1994.
O ex-casal não tinha acordo pré-nupcial, documento comum em uniões civis quando um ou os dois dos cônjuges são ricos. Mas acredita-se que Bill e Melinda já vinham negociando o fim do matrimônio e a divisão da fortuna muito antes do anúncio do divórcio.
Segundo o site norte-americano TMZ, no dia em que assinaram o contrato de separação, em 3 de maio, Gates teria transferido ações avaliadas em R$ 9,6 milhões para Melinda.
Embora pairem dúvidas a respeito da continuidade dos trabalhos em torno da Fundação Bill e Melinda Gates, que já investiu R$ 53,8 bilhões em projetos filantrópicos, são os outros patrimônios da família e as "ações secretas" de fundador da Microsoft que têm gerado burburinho no mercado.
Em outros informes oficiais, o ex-casal já havia se manifestado, afirmando que deve permanecer atuando como presidentes do conselho de administração e diretores da organização sem fins lucrativos.
Já em relação à gestão da Microsoft, acredita-se que a separação do "Casal 20 do Vale do Silício", como eram considerados Bill e Melinda, tenha pouco impacto. Bill Gates deixou o conselho administrativo da empresa há um ano e detém apenas 1,37% das ações da Microsoft.
Cardápio recheado de bens imóveis luxuosos
Segundo a revista Forbes, Bill Gates é atualmente a quarta pessoa mais rica do mundo, graças à sua participação de US$ 25 bilhões na Microsoft, bens imóveis de valores bilionários e diversos investimentos de capital aberto, que juntos somam cerca de US$ 130 bilhões.
Pelo patrimônio envolvido, o divórcio entre Bill e Melinda deve desencadear uma das maiores divisões de bens pessoais do mundo dos negócios.
Entre os bens notáveis do ex-casal, destaca-se a mansão de 6.131 m², localizada em Seattle (EUA) e avaliada em US$ 131 milhões. Às margens do Lago Washington, a propriedade possui seis cozinhas, um riacho artificial, areia importada do Havaí, uma biblioteca de 195 m², entre outros atributos.
Ainda não se sabe quem ficará com a mansão, mas em 2019 Melinda Gates chegou a declarar ao jornal "The Times" o desejo de residir em uma casa de menores proporções.
O ex-casal também conta com outra mansão, à beira-mar de Del Mar, na Califórnia (EUA), no valor de US$ 43 milhões (R$ 237 milhões), que é considerada a propriedade mais cara da cidade. Com 538 m², a casa, localizada a 165 km de Los Angeles, possui seis quartos, jacuzzi, piscina com azulejos de vidro e uma grande área de deque.
Uma das casas mais modestas dos Gates é a casa em Indian Wells, na Califórnia (EUA), orçada em US$ 12,5 milhões. Com seis quartos, a propriedade possui 1.207 m².
Há ainda uma propriedade equestre de 12 hectares, em Wellington, Flórida (EUA).
Bens móveis e ações em jogo
Bens móveis também chamam atenção no portfólio do patrimônio dos Gates. Entre eles estão quatro aviões particulares utilizados exclusivamente pela família.
Recentemente, o fundador da Microsoft também encomendou um iate ecológico de 112 metros de comprimento, orçado em US$ 645 milhões (R$ 3,5 bilhões), que funcionará inteiramente com hidrogênio líquido, o que significa que sua única emissão será a água.
O patrimônio de terras agrícolas também é de cair o queixo. Bill e Melinda somam 98 mil hectares de áreas próprias para a agricultura, sendo as maiores em Louisiana (28 mil hectares), Arkansas (19,3 mil hectares) e Nebraska (8,3 mil hectares). Outros 12 mil hectares de terras também pertencem à família, de acordo com o The Land Report.
Alguns jornais norte-americanos afirmam que é possível que Bill Gates possua muito mais terras, cuja posse é exercida por meio de uma estrutura de holdings, entre elas a Cascade Investment, empresa de investimentos privados que controla inúmeras ações de companhias de capital aberto. Outras áreas podem estar registradas em nome da Fundação Bill e Melinda Gates.
Além dos ativos, outros pertences devem integrar a partilha, como joias e uma coleção de arte, que inclui um caderno de escritos científicos de Leonardo da Vinci, chamado "Codex Leicester", adquirido por Bill Gates em 1994 pelo valor de US$ 30,8 milhões.
De acordo com a Forbes, embora Melinda não esteja no topo das mulheres mais ricas do mundo, já que sua fortuna é contada junto com a de Bill, ela poderá estar em uma das melhores posições neste ranking caso os bens sejam divididos ao meio.
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