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Deu Tilt #17: Se um asteroide vier em direção à Terra, o que podemos fazer?

Thiago Varella

Colaboração para Tilt

02/06/2021 04h00

Há sempre uma pequena chance de sermos atingidos por um asteroide aqui na Terra. Até porque existem cerca de 50 mil objetos assim próximos ao nosso planeta, sendo que apenas metade deles são conhecidos. Hoje, a ciência conta com algumas ferramentas para impedir uma colisão dessas.

Esse foi um dos assuntos tratados por Guilherme Tagiaroli, repórter de Tilt, em um papo com Filipe Monteiro, doutor em astronomia pelo Observatório Nacional e especialista em asteroides, no 17º episódio do podcast Deu Tilt.

Ouça o episódio na íntegra no player acima.

Segundo Monteiro, nos últimos cinco anos, a ciência tem debatido muito sobre as maneiras de se destruir um asteroide ou, pelo menos, desviar sua órbita. Hoje, são três as formas mais estudadas para isso. A primeira é a de detonar explosivos para destruir ou, ao menos, diminuir o tamanho do objeto (ouça a partir de 23:16).

"Se o asteroide for grande, não vai ser pulverizado, mas vai gerar vários fragmentos menores que iriam entrar na Terra. Isso iria causar prejuízos, mas iria minimizar [o resultado da colisão]. É redução de danos", afirmou.

A segunda hipótese é mais elaborada. É a ideia de disparar lasers que poderiam aquecer o objeto que iria provocar pequenas variações no semieixo que é a distância do objeto ao Sol.

"Esse efeito na astronomia ocorre naturalmente com o aquecimento pela radiação solar. A ideia é alterar a órbita do objeto de forma artificial", explicou.

A terceira ideia é a de enviar uma nave espacial que pudesse atingir o asteroide e mudar a trajetória dele.

"Isso vai ser testado no ano que vem como forma preventiva. A gente não pode ter a ideia e simplesmente esperar o fato real acontecer para executar a manobra", contou.

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