Pai recebe tapete em vez de celular que comprou para o filho na internet
Um morador de Cuiabá, no Mato Grosso, teve uma surpresa desagradável ao comprar um aparelho celular para o filho de quatro anos pela internet. No lugar do equipamento eletrônico, a embalagem entregue na casa da família continha um tapete de pano xadrez.
O homem, que pediu para não ter o nome divulgado, relata que fez a compra do telefone em uma loja bastante conhecida no dia 28 de maio e a entrega foi feita pelos Correios ontem. Pelo produto original, um Samsung Galaxy S5, ele pagou o valor de R$ 399. Porém, o equipamento não foi entregue.
"A sensação é de decepção porque você espera por vários dias para receber um produto e acontece isso. Meu filho estava ansioso para o presente", disse o pai ao UOL.
A vítima procurou a polícia civil e registrou um boletim de ocorrência. A suspeita deles é que o produto tenha sido furtado na Central de Distribuição dos Correios.
"Meu filho ficou sem o celular porque não vou comprar outro e sim esperar a solução junto ao fornecedor", disse.
Ainda segundo a vítima, a família é acostumada a fazer compras online e essa foi a primeira vez que tiveram um problema.
A reportagem do UOL entrou em contato com os Correios e questionou o extravio da mercadoria, mas até o momento não obteve retorno.
PF faz operação no MT
A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Destino Final, justamente com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de encomendas na Central de Distribuições dos Correios, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.
As investigações, que começaram no ano passado, apontaram que um grupo criminoso formado por funcionários terceirizados, que trabalhavam na Central de Distribuição dos Correios, selecionavam encomendas, principalmente aparelhos telefônicos, e as desviavam para terceiros - principalmente lojas de assistência técnica de telefones.
Segundo a PF, o grupo atuava de maneira coordenada. Quando um dos investigados identificava uma encomenda contendo aparelho telefônico repassava a informação para os demais, que agiam de forma a não serem flagrados pelas câmeras de monitoramento. Após a subtração, o aparelho era repassado para as lojas, onde eram comercializados.
A encomenda que tinha o objeto subtraído era encaminhada para um destino diverso de seu destinatário, a fim de dificultar a identificação do local em que o produto foi extraviado, daí a denominação da Operação "Destino Final".
A PF continuará as investigações para identificar outros suspeitos que também têm envolvimento com esse crime, bem como identificar eventuais funcionários dos Correios ou de empresas terceirizadas que participam do esquema.
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