Seis passos básicos para você começar a cuidar de vez da sua vida digital
Você é daquelas pessoas que se preocupam com a própria privacidade na internet ou é da linha que nem pensa muito sobre isso? Bom, seja qual for a sua resposta, é legal reforçar que existem várias práticas e mudanças de hábitos que aumentam a nossa proteção digital. E o processo nem é complicado.
Recentes megavazamentos de dados só escancaram o quanto é importante diminuirmos os riscos. Ou tudo bem para você ter um celular hackeado, ter fotos pessoais compartilhadas sem autorização, ser alvo de golpe virtual ou outras dores de cabeça?
Pensando nisso, Tilt conversou com dois especialistas para descobrir quais devem ser cuidados básicos de proteção e ações que devemos tomar para nos protegermos.
1. Capriche ao escolher senhas
Nunca é demais lembrar que a escolha de senhas deve ser feita com cautela, uma para cada site ou serviço acessado. Evite usar datas de aniversário e nomes de familiares e amigos.
Durante a criação de uma senha, explore a criatividade combinando números, caracteres e letras maiúsculas e minúsculas para torná-las fortes e difíceis de serem descobertas.
Uma opção também é usar um serviço de gerenciamento de senhas, sugere Marcus Garcia, especialista em segurança digital da startup de tecnologia FS Security.
Você só vai precisar se lembrar de uma única chave, pois ele funciona como um cofre digital, que protege os códigos de acesso (que você deverá cadastrar previamente) de aplicativos, emails, redes sociais, por exemplo. Ao acessá-lo, o sistema preenche automaticamente as respectivas combinações salvas nele.
2. Use antivírus
Use antivírus em todos os seus dispositivos. Existem versões gratuitas e pagas (que podem oferecer recursos extras de proteção). Em geral, eles conseguem identificar ameaças virtuais e impedir que elas dominem o computador, o celular, o tablet. Manter o programa atualizado é fundamental para a sua eficácia.
Os antivírus trabalham com atualizações de um banco de dados chamadas vacinas (que agem contra programas maliciosos e vírus). No caso dos programas pagos, as atualizações dessas vacinas costumam acontecer com maior frequência, o que cria um ecossistema amplo de proteção dos eletrônicos, explica Garcia.
3. Nem toda extensão é confiável
Extensões de navegadores de internet podem quebrar um galho e ajudar em várias tarefas, mas é preciso ter cuidado. O ideal é dar permissão somente a extensões de lojas oficiais ou de grupos, marcas e serviços conhecidos, como o banco onde você tem conta.
"Existem os chamados malwares presentes em extensões que são utilizadas para roubar dados de navegação além de credenciais de acesso (usuário e senha). Em nossos trabalhos de inteligência cibernética, verificamos que essa é uma das principais fontes de vazamento de dados sigilosos", afirma Walmir Freitas, diretor de segurança cibernética da empresa Kroll no Brasil.
4. Tenha mais de um email
Usar emails diferentes para finalidades distintas pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade na rede, de acordo com especialistas em cibersegurança.
Escolha um para atividades profissionais, por exemplo, e outro para assuntos pessoais. Você também pode criar um endereço para transações comerciais e para login em sites de pouco acesso.
Imagine que o seu email pessoal foi hackeado. Seguindo a lógica acima, a pessoa que o invadiu terá acesso apenas a uma parte da sua vida digital. A situação será ruim, mas você impede que seja pior. — E lembre-se de não usar a mesma senha para todos os emails.
5. Não saia distribuindo informações pessoais na internet
Quando estamos em uma fila com desconhecidos, não saímos falando tudo sobre a nossa vida. Com a rede social o comportamento deveria ser o mesmo. Pense bem sobre o que deseja que outras pessoas vejam em seu perfil.
"Tem agentes maliciosos na rede, tem fraudadores, tem ladrão, tem sequestrador, tudo que você possa imaginar tem ali, e você pode estar aceitando uma pessoa que efetivamente seja perigosa", destaca Garcia.
Quanto ao que as plataformas retêm sobre os usuários, isso a gente não consegue mudar, mas quanto mais posts e mais detalhes da vida pessoal, mais informações — inclusive coletadas nas fotos — as companhias conseguem cruzar para traçar um perfil sobre cada usuário.
6. Restrinja a coleta de dados feita por aplicativos
Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) as empresas idôneas têm que obter consentimento sobre quais dados estão coletando e seus objetivos. É importante que o usuário entenda e, se for o caso, não autorize se não concordar, explicou Walmir Freitas.
"É hora de ficar atento como seus dados serão utilizados, pois, até então, isso não fazia parte de nossa cultura como usuários", ressaltou.
Em celulares da Apple, já é possível definir se aplicativos podem ou não rastrear os seus dados. A recomendação pensando em segurança digital é barrar essa coleta, impedindo que os apps troquem informações sobre o usuário.
Por outro lado, as empresas usam dados pessoais e de comportamento sobre cada pessoa para oferecer serviços personalizados. Por isso, é importante saber os prós e os contras da prática.
O Android não possui uma regra clara como a adotada pela Apple recentemente.
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