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Sai, covid! Professor cria robô que dispara jato de álcool em escola de PE

Professor Paulo César ao lado do robô que libera um jato de álcool 70% - Arquivo pessoal
Professor Paulo César ao lado do robô que libera um jato de álcool 70% Imagem: Arquivo pessoal

Ed Rodrigues

Colaboração para Tilt

17/06/2021 04h00Atualizada em 17/06/2021 10h28

Basta estender as mãos perto do robozinho RAC-19 para receber um jato de álcool 70%. A tecnologia passou a fazer parte da rotina de uma escola pública do interior de Pernambuco para ajudar a proteger alunos e professores.

Projetado e construído por Paulo César, professor de física da unidade de ensino, o RAC-19 usa sensor ultrassônico para identificar a proximidade das mãos. Assim que reconhece, dispara higienizador.

A criação foi desenvolvida a partir de peças de robótica da Lego (sim, os bloquinhos de montar) no laboratório de tecnologia da Escola de Referência em Ensino Médio Alfredo de Carvalho, que fica na cidade sertaneja de Triunfo, a 400 km do Recife.

"Tive a ideia em fevereiro do ano passado, mas com a pandemia e o trabalho remoto tive que suspender. Retomei em abril deste ano", contou o professor em conversa com Tilt.

Dois exemplares do RAC-19 estão em uso na unidade de ensino, em pontos estratégicos: na entrada da escola e no refeitório. Com uma bateria que pode chegar a três horas de duração, cada dispositivo dispara até 2 mil jatos de álcool.

Um deles foi construído pelos próprios alunos durante a aula de física experimental. Com ajuda da robótica, eles compreendem melhor as definições do conteúdo e das grandezas físicas em um ambiente tecnológico, explica Paulo César.

"Os estudantes também lidam com programação. O robô, uma vez carregado, desempenha funções automáticas e independentes", acrescentou o professor.

Jacilene Santos, que é aluna do 2° ano da escola, destacou que o RAC-19 ajudou bastante os estudantes. "Ele é bem eficaz", afirmou.

Para Antônio Inácio Souza Neto, também do 2° ano, o fato de não ter que encostar no equipamento é o aspecto mais importante da criação. "Ajudou no convívio diário com os alunos porque mantém o distanciamento. E higieniza sem que a gente precise tocar", afirmou.

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