É grave, diz casal do Sleeping Giants sobre dinheiro público para fake news
Com mais de 434,2 mil seguidores no Twitter, o Sleeping Giants Brasil tem o objetivo de expor sites que propagam fake news e empresas que vinculam anúncios nessas plataformas online. Segundo o casal por trás do perfil, Leonardo de Carvalho Leal e Mayara Stelle, 940 companhias já foram alertadas de que elas anunciaram em páginas que fomentam a desinformação.
Com o trabalho de quase um ano — que ganhou força com a pandemia de covid-19 no Brasil, eles contaram, em entrevista ao UOL News de ontem (21), que já receberam inúmeras ameaças. Os dois, inclusive, afirmaram que tiveram seus dados vazados na internet. Mas o trabalho deve continuar.
"Acho que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para você falar o que você quiser na internet, sem consequência nenhuma, e ainda mais lucrando com isso", afirmou Mayara.
De acordo com o casal, exemplos de grande alcance de usuários que disseminam fake news são: "Terça Livre", "Jornal da Cidade Online" e "Brasil Sem Medo".
Para eles, existe um "monopólio" de páginas que concentram as fake news da internet. E elas englobam boa parte de todo o alcance que essas notícias têm, segundo o casal. "O tratamento precoce e os atos antidemocráticos estão muito ligados, em relação ao mesmo público, ao mesmo engajamento", explicou Leonardo.
A dupla criticou o uso de dinheiro público em campanhas para promoção do tratamento precoce, que não tem eficácia científica. "Consideramos isso algo muito perigoso. É grave ver que o dinheiro público está financiando esses sites desinformativos", afirmaram, durante a entrevista.
Sobre o perfil Sleeping Giants Brasil, o casal explicou que ele vive em função das denúncias de seus seguidores. Por isso, pediram para que eles sigam ajudando a plataforma.
"Estamos aqui para fazer nossa parte, cada um tem a sua, cada um tem o seu papel, e a gente tem que se utilizar de todos os nossos materiais para combater esses discursos que tanto ameaçam a democracia brasileira e até a própria liberdade de expressão", afirmou Mayara.
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