Água fria no sonho? Google adia para 2023 fim do rastreio online do Chrome
O que parecia um sonho para muitos internautas acabou. Pelo menos por enquanto. O navegador do Google, o Chrome, só vai passar a bloquear os cookies de terceiros, ferramentas de rastreio online usada para fins de publicidade, a partir de 2023, após adiar os planos de mudança.
Em maio deste ano, a big tech havia anunciado que deixaria de permitir o monitoramento dos internautas a partir do ano que vem. A promessa, no entanto, foi empurrada. Com o anúncio, a empresa se comprometia a não criar identificadores alternativos para mapear a navegação de cada pessoa.
O que são cookies?
São pequenos arquivos gerados pelos sites de internet que servem para rastrear você. Gravados em seu computador, os cookies identificam e recolhem informações sobre você, como os sites que você visita, palavras que você digita e até por onde seu mouse passeou na tela. Quem ganha muito com os cookies são as empresas de publicidade.
Tanto o Firefox (Mozilla) quanto o Safari (Apple) adotaram medidas conta esse tipo de monitoramento. A concorrência acusa o Google de ter intenção de obter uma participação de mercado maior em publicidade digital.
Depois de uma investigação, a CMA (Autoridade de Competição e Mercados do Reino Unido) fez um acordo neste mês com o Google para supervisionar as mudanças no navegador. A empresa afirmou que a decisão de adiamento do lançamento do recurso de bloqueio de cookies está alinhada com o acordo.
"Precisamos agir em um ritmo responsável, permitindo tempo suficiente para discussão pública sobre as soluções corretas para anunciantes e para a indústria de publicidade migrarem seus serviços", disse Vinay Goel, diretor de engenharia de privacidade para o Chrome em comunicado à Reuters.
A empresa pretende substituir os recursos de rastreamento de cookies por uma nova tecnologia e fazer testes antes de finalmente retirar os cookies do navegador a partir de 2023, se a CMA aceitar.
FLoC o quê?
A tal da nova tecnologia que poderá substituir os cookies se chama FLoC. Também é um tipo de rastreador, mas que não consegue identificar pessoalmente quem está usando o navegador.
Ao invés de rastrear o comportamento das pessoas de forma individual na web para oferecer anúncios, a FLoC analisa o comportamento geral das pessoas e as classificaria anonimamente em grupos compostos por outras pessoas com os mesmos gostos e interesses.
A alternativa proposta pelo Google, no entanto, também não agrada nem a concorrência nem entidades a favor da privacidade na web. Por enquanto, nada vai mudar, mas uma briga de gigantes pode vir por aí.
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*Com informações da Reuters
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