Como uma calculadora pode prever riscos de uma pessoa desenvolver demência?
Uma calculadora online criada por pesquisadores canadenses promete ser capaz de prever o risco de pessoas desenvolverem demência. Os dados do estudo foram publicados no "Journal of Epidemiology and Community Health" (Jornal de Epidemiologia e Saúde Comunitária) ontem (25).
A calculadora deve ser usada por pessoas com 55 anos ou mais. Os cientistas responsáveis pela pesquisa são do Hospital Ottawa, da Universidade de Ottawa, do Instituto de Pesquisa Bruyère e do instituto chamado ICES.
Por enquanto, ela foi projetada para uso no Canadá, segundo informações do Hospital Ottawa. A plataforma ajuda a entender melhor a saúde do cérebro e como é possível reduzir o risco de desenvolver demência dentro dos próximos cinco anos.
Não há cura para a demência, condição que costuma envolver perda de memória e habilidades de raciocínio. Porém, existem algumas práticas que ajudam a evitá-la, como atividades físicas, boa alimentação e redução de tabaco e álcool, segundo os pesquisadores.
Para se ter uma ideia, o Alzheimer, responsável por sete em dez casos de demência, pode quadruplicar na população brasileira até 2050 se medidas efetivas de prevenção não forem adotadas.
Como a calculadora foi feita
A calculadora usa um algoritmo desenvolvido a partir de dados de pesquisas realizadas com mais de 75 mil habitantes de Ontário. Conforme as pessoas preenchem as informações solicitadas, ela usa essa base para prever os riscos.
O seu funcionamento depende do algoritmo DemPoRT, que foi desenvolvido usando dados anônimos de saúde de 50 mil residentes do Canadá, de acordo com informações divulgadas pelos pesquisadores.
Entre os fatores que a plataforma preditiva analisa durante o cálculo, estão:
- Tabagismo e exposição a ele ao longo da vida
- Consumo de álcool
- Atividade física
- Estresse
- Dieta
- Etnia
- Situação socioeconômica do bairro
- Educação
"As pessoas já têm todas as informações de que precisam para preencher a calculadora no conforto de suas casas", disse a doutora Stacey Fisher, principal autora do estudo.
"A pandemia covid-19 também deixou claro que variáveis sociodemográficas, como etnia e vizinhança, desempenham um papel importante em nossa saúde. Foi importante incluí-las na ferramenta para que os formuladores de políticas possam entender como diferentes populações são afetadas pela demência", acrescentou o doutor Peter Tanuseputro, autor sênior da pesquisa. Ele também cientista do Hospital Ottawa e pesquisador do Instituto de Pesquisa Bruyère.
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