Empresa de Bezos alfineta Branson dizendo que seu voo espacial será baixo
A Blue Origin, empresa espacial do Jeff Bezos (fundador da Amazon), postou no Twitter uma série de alfinetadas sobre a tentativa de voo espacial do bilionário Richard Branson, dono da Virgin Galactic. A companhia basicamente fez um quadro comparativo, mostrando as diferenças das duas iniciativas, com destaque ao fato de que o voo de sua competidora será mais baixo.
Vale lembrar que a Blue Origin seria pioneira em promover turismo espacial privado, e que seu voo inaugural está marcado para 20 de julho, com direito a presença de Bezos e seu irmão. Richard Branson, então, conseguiu licenças nos EUA e antecipou a iniciativa da sua companhia, que vai ocorrer neste domingo (11).
Os principais argumentos da empresa de Bezos nessa briga de bilionários pelo pioneirismo no turismo espacial têm relação com a definição de "onde começa o espaço".
A Blue Origin argumenta que desde o início seu veículo espacial foi concebido para ultrapassar a linha de Kárman, distância de 100 km acima do nível do mar. Para a FAI (Federação Internacional de Aeronaútica), passando dessa marca é possível dizer que se está no espaço. Quando se alcançar uma altitude próxima a 100 km, costuma-se dizer que se chegou aos "limites do espaço".
Em seus testes preliminares, a Virgin Galactic, de Branson, diz que seus voos atingiram a altitude máxima de 91 km. Apesar de estar um pouco abaixo da linha de kárman, os Estados Unidos consideram espaço uma altitude de 80 km - quem sobrevoa acima dessa marca já pode ser chamado de astronauta, por exemplo.
"Apenas 4% do mundo reconhece que limite menor de 80 km como o início do espaço. O New Shepard voa acima dessa fronteira. Este é um dos muitos benefícios de se voar com a Blue Origin", diz a companhia.
A companhia de Jeff Bezos cita ainda outros diferenciais. Seu veículo espacial, o New Shepard, é diferente do VSS Unity, da Virgin Galactic. O primeiro é um foguete convencional, de lançamento vertical, enquanto o segundo é disparado a partir de um avião.
A Blue Origin diz ainda que as janelas da sua cápsula são maiores, seu veículo conta com escape para os tripulantes, e que seus voos não causam impacto na camada de ozônio.
Independente desta briga de bilionários e da diferença pequena - 10 km - entre a maior altitude alcançada por seus veículos, o fato é que estamos presenciando o início de voos de turismo espacial, algo até então inimaginável há alguns anos.
Ainda é muito caro, mas com o tempo a iniciativa deve ficar menos proibitiva. Para se ter uma ideia, a Virgin Galactic já ofereceu passagens por US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão), enquanto a Blue Origin vendeu um tíquete para seu voo inaugural por US$ 28 milhões (quase R$ 150 milhões) num leilão.
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