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Com rolo compressor, polícia destrói aparelhos usados para minerar bitcoin

Operação da polícia da Malásia foi organizada para combater o roubo de energia elétrica usada para minerar criptomoedas - Dayakdaily
Operação da polícia da Malásia foi organizada para combater o roubo de energia elétrica usada para minerar criptomoedas Imagem: Dayakdaily

Aurélio Araújo

Colaboração para Tilt, de São Paulo

19/07/2021 12h59

Como garantir que mais vários equipamentos eletrônicos não continuem sendo usados para minerar criptomoedas? Passe um rolo compressor. Foi o que a polícia da Malásia fez para destruir 1.070 dispositivos de uma só vez em uma operação de combate ao roubo de energia elétrica.

No total, a polícia destruiu equipamentos que, somados, têm um valor estimado de cerca de US$ 1,2 milhão (R$ 6,2 milhões na conversão direta).

Chamados de "rigs de mineração", os equipamentos apreendidos e destruídos na semana passada são sistemas computacionais montados para conseguir criptomoedas, sendo o bitcoin a principal delas.

A atividade é chamada de mineração porque, como a mineração tradicional feita no solo físico, gera riqueza. Neste caso, no espaço virtual.

Os equipamentos destruídos haviam sido apreendidos pela polícia malaia em seis batidas realizadas entre fevereiro e abril deste ano. Os investigadores tiveram a ajuda da Miri and Sawak Energy, uma companhia elétrica local, e o vídeo (veja abaixo) parece querer passar uma mensagem bem clara sobre a punição pelo roubo de energia elétrica.

Mesmo com o equivalente a US$ 1,2 milhão em equipamentos destruídos, os criminosos podem ter saído ganhando: segundo a companhia elétrica, a perda de dinheiro sofrida pela empresa devido à eletricidade roubada saiu em torno de US$ 2 milhões (R$ 10,4 milhões).

"O roubo de eletricidade para atividades de mineração de bitcoin tem causado frequentes quedas de energia e, em 2021, três casas foram demolidas devido a conexões ilegais para suprimento de energia", afirmou Hakemal Hawari, chefe da polícia da cidade de Miri, na Malásia, em entrevista ao jornal local "The Star".

O consumo de energia elétrica para a mineração de criptomoedas é um dos maiores problemas desse tipo de transação. Ambientalistas afirmam que é a forma de pagamento com maior impacto ambiental que a humanidade já criou.

Em maio, por exemplo, Elon Musk, o chefe-executivo da Tesla, anunciou que deixaria de realizar transações com bitcoin devido a problemas ambientais causados pelo consumo excessivo de energia elétrica.