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Facebook restaura perfil de Eduardo Bolsonaro; rede diz ter havido engano

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante sessão deliberativa na Câmara, em abril de 2020 - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante sessão deliberativa na Câmara, em abril de 2020 Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

De Tilt, em São Paulo

20/07/2021 16h22Atualizada em 21/07/2021 14h51

A conta do Facebook do Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou ao normal no início da tarde desta terça-feira (20), informou a rede social a Tilt. O perfil do deputado federal tinha sido suspenso após uma publicação que, segundo o Facebook, foi removida por engano. Até então, o prazo sem acesso ao perfil seria de 30 dias.

"O post de Eduardo Bolsonaro foi removido indevidamente e já foi restaurado. A consequente restrição foi levantada do perfil do deputado", diz nota enviada pelo Facebook.

A empresa não deu maiores detalhes sobre o tipo de publicação feita. No entanto, informação da coluna "Ancelmo Gois", do jornal "O Globo", dizia que a postagem tinha relação com frases supostamente ditas por Adolf Hitler.

Tilt apurou que existe uma ação judicial entre as partes e, por isso, a rede social não tem dado muitos detalhes sobre esse caso. Da parte do deputado, a própria coluna do jornal "O Globo" cita que Eduardo Bolsonaro solicitou uma liminar na Justiça para remover as restrições de seu perfil no Facebook.

De modo geral, um post pode ser removido e restaurado por diversas razões. Em um documento da rede social, o Facebook diz que isso ocorre quando há violação dos padrões da comunidade, como discurso de ódio, assédio ou difamação.

Muitas vezes estes conteúdos são removidos usando tecnologia automatizada e acabam sendo restaurados após uma segunda análise — que parece que foi o que aconteceu com a postagem de Eduardo Bolsonaro.

Ainda que a página do deputado tenha voltado à normalidade, ele já tinha levado um "gancho" do Facebook. Em junho, ele ficou sete dias sem poder usar sua página após publicar um vídeo de seu pai dizendo que metade das mortes ocorridas por covid-19 no Brasil não ocorreram por causa da doença — a informação foi desmentida pelo próprio pai do deputado, o presidente Jair Bolsonaro.

Casos de família

A família Bolsonaro tem histórico de suspensões ou notificações de postagem de conteúdo falso em redes sociais.

Em abril deste ano, por exemplo, Facebook e Instagram marcaram uma postagem do presidente Jair Bolsonaro como falsa.

Tratava-se de um vídeo em que um homem dizia que que os títulos em português do jornal "El País" sobre a participação do presidente no Fórum Econômico Mundial, em 2019, não correspondiam com os feitos em espanhol. Segundo apuração da Agência Lupa, havia uma má tradução de palavras do espanhol para o português, e que o vídeo enganava a audiência.

Em pelo menos duas ocasiões, o Twitter marcou postagens de membros da família como falsas durante o período de pandemia. Uma feita em janeiro na conta do presidente Bolsonaro por por defender tratamento precoce, algo que já foi comprovado como ineficiente, e em outra feita por Eduardo Bolsonaro criticando o lockdown.