YouTube remove vídeos de Bolsonaro por informações erradas sobre a covid-19
O YouTube removeu hoje vídeos do canal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicados este ano e em 2020, nos quais ele defendia o uso da hidroxicloroquina e da ivermectina no tratamento da covid-19, apesar de ambos os medicamentos serem comprovadamente ineficazes contra a doença.
Em comunicado, a plataforma disse que, após análise cuidadosa, os vídeos foram removidos por violarem as políticas do YouTube de informações médicas incorretas sobre a covid-19.
"Nossas regras não permitem conteúdo que afirma que hidroxicloroquina e/ou ivermectina são eficazes para tratar ou prevenir covid-19; garante que há uma cura para a doença; ou assegura que as máscaras não funcionam para evitar a propagação do vírus", informou o YouTube.
Essas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais e atualizamos nossas políticas conforme as mudanças nessas orientações. Aplicamos nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem seja o produtor de conteúdo ou de visão política.
YouTube, em comunicado
O UOL procurou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) da Presidência para pedir um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.
Remoção inclui lives
A Reuters analisou o canal de Bolsonaro no YouTube e confirmou a retirada do ar de vídeos das transmissões ao vivo que o presidente costuma fazer às quintas-feiras, quase sempre às 19h e acompanhado de ministros de Estado e outras autoridades.
O presidente vinha evitando falar os nomes da cloroquina e da ivermectina durante as lives, justamente para evitar que os vídeos fossem excluídos do YouTube e também do Facebook, que há alguns meses passou a remover conteúdos que indiquem remédios ineficazes para tratar pacientes de covid-19.
Um dos vídeos removidos foi uma transmissão de 27 de maio em que Bolsonaro sugeriu tomar chás usados por indígenas para tratar a covid-19 e novamente defendeu a cloroquina e outros medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus. A live foi feita de Matucará, no Amazonas, onde o presidente cumpriu agenda pública. (Assista abaixo)
"Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube", diz uma mensagem para quem, agora, tenta assistir à transmissão.
A última live feita pelo presidente foi há duas semanas, em 8 de julho, ao lado do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Na semana passada, Bolsonaro não gravou porque estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, depois de ser diagnosticado com uma obstrução intestinal.
(Com Reuters)
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