Asteroide vai passar próximo à Terra neste sábado: entenda o fenômeno
Um asteroide descoberto por astrônomos há 13 anos vai passar próximo à Terra neste sábado (24). Mas não é preciso medo. A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, já descartou qualquer risco de impacto com o nosso planeta.
A rocha se chama 2008 GO20 e tem o tamanho calculado em até 220 metros, o equivalente à altura de quase 6 estruturas do Cristo Redentor do Rio de Janeiro (38 metros) e 2,3 Estátuas da Liberdade dos Estados Unidos (93 metros).
A aproximação máxima do asteroide está prevista para acontecer perto das 18h30 (horário de Brasília). Calcula-se que isso aconteça a cerca de 0,03 unidades astronômicas (AU, que representa a distância entre a Terra e o Sol) — ou seja, a mais de 4 milhões de km, ou mais de dez vezes a distância até a Lua.
O asteroide foi incluído na lista de Objetos Próximos à Terra (Near-Earth Objects), da Nasa, por sua órbita e características. Após estudos, a rocha foi considerada inofensiva à humanidade.
Velocidade
O asteroide está viajando a cerca de 8,2 km/s (29.500 km/h). Um possível impacto de uma rocha deste tamanho, a essa velocidade, não causaria uma catástrofe global ou extinção. Porém, deixaria um rastro de destruição de milhares de quilômetros quadrados.
Asteroides, cometas e outras rochas espaciais passam perto da Terra o tempo todo, mas apenas alguns oferecem risco real de colisão em um futuro. Há cerca de 2.000 objetos que são constantemente monitorados pela agência espacial norte-americana, e novas descobertas e estudos são feitas todos os meses.
O que é um asteroide?
Os asteroides são, basicamente, rochas gigantes. Remanescentes do processo de formação dos planetas rochosos, eles podem chegar a centenas de quilômetros e até ter seus próprios satélites naturais.
Por isso, é o corpo celeste com maior potencial de destruição. A Terra sofreu diversos impactos de asteroides ao longo de bilhões de anos, inclusive o que teria causado a extinção dos dinossauros, que até hoje deixam crateras.
Há cerca de 800 mil asteroides em nosso sistema solar — a maioria compõe um cinturão localizado entre Marte e Júpiter, relativamente próximo à Terra. Mas apenas uma dúzia deles está classificada como ativos, com risco de nos atingir em um futuro mais ou menos distante, como o Bennu e o Apophis.
Assim como os cometas, os asteroides possuem uma órbita bem definida. Porém, ela pode ser alterada devido a interações gravitacionais com outros corpos. Por isso, é importante monitorá-los.
Diversos astrônomos, profissionais e amadores, do mundo todo, se dedicam para conseguir prever as aproximações e encontrar maneiras de impedir um evento catastrófico.
Apophis, o asteroide do "juízo final"
A rocha espacial 99942 Apophis ocupa o terceiro lugar na lista da Nasa de "objetos próximos da Terra" potencialmente perigosos. O seu apelido é "asteroide do juízo final".
O risco de ele colidir com o nosso planeta é mínimo, de 1 em 150 mil só em 2068. Mas um possível impacto seria 3.800 vezes mais poderoso do que a bomba de Hiroshima, liberando o equivalente a 1.150 megatons de TNT.
Em março deste ano, astrônomos puderam observá-lo mais de perto, quando ele ficou cerca de 17 milhões de quilômetros da Terra.
*Com texto de Marcelle Duarte
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