Detergente ou sabão? 5 truques da ciência para arrasar ao lavar a louça
Detergente ou sabão: qual é o melhor para lavar a louça? Quanto mais espuma, mais fácil remover a gordura? E a água quente, como ela ajuda no processo? Essas são algumas das perguntas respondidas pela química, uma excelente aliada de quem encara uma pia cheia de panelas, pratos, copos e talhares sujos e engordurados.
A diferença entre o detergente e o sabão se resume basicamente à estrutura molecular. Enquanto o sabão é composto por sebos vegetais, o detergente se constitui a partir de derivados petroquímicos. Ainda assim o funcionamento dele é praticamente o mesmo: remover a gordura.
Os dois são usados para retirar desengordurar a louça porque fazem o meio de campo entre as moléculas de água, polares, e de gordura, apolares e hidrofóbicas (substância que não absorve a à água).
Os detergentes têm uma porção de moléculas polar e outra apolar. Com essa estrutura, ela consegue fazer a ligação da água com a gordura.
Detergente ou sabão?
Se pensarmos no ambiente, o sabão de barra deve ser considerada a melhor opção, porque é biodegradável. Nem todos os detergentes são benéficos ao ecossistema, alguns deles possuem fosfato, dizem os especialistas. É preciso observar o rótulo para saber se um detergente é biodegradável.
A substância na água de rios e lagos aumenta a população de algas, reduzindo o oxigênio e provocando a morte de peixes.
O sabão, no entanto, tem uma desvantagem em relação ao detergente. Não consegue atuar na presença de cálcio, magnésio e ferro.
Espuma não significa limpeza
Cuidado com os exageros! O excesso no uso do sabão ou do detergente não significa que seus copos e pratos ficarão mais limpos.
O importante é certificar-se de que esfregar o produto em toda a área da louça engordurada. Uma fina camada já é suficiente.
Só para se ter uma ideia, o recomendado é 25 g de detergente para uma lava-louça capaz de limpar um conjunto de louças para seis ou oito pessoas (serviços) ou 40 g de sabão para máquinas de até 12 serviços.
O abuso na quantidade de produto torna o enxágue mais trabalhoso. Ou, na pior das hipóteses, vai fazer com que você beba água com sabão ou coma em pratos com resquícios de detergente.
Agitação e temperatura da água
A eficiência na lavagem está mais relacionada à agitação e à temperatura da água. A agitação comum na lava-louça é substituída no processo manual pelo uso das esponjas. E a grande aliada do esfrega-esfrega é a água quente. Esse processo amolece a gordura, o que facilita muito a sua remoção.
Uma alternativa à água quente é deixar o recipiente de molho na água fria mesmo, que vai levar mais tempo, mas também amolece a sujeira.
Outra dica que pode ser bastante útil na hora de ir para a pia, é começar a lavar as louças menos engorduradas —os copos, seguidos pelos talheres e pelos pratos. As panelas —que geralmente possuem uma quantidade maior de gordura— devem ser as últimas. Essa ordem vai evitar que você engordure as peças menos engorduradas com a esponja.
Quanto tempo devo usar a mesma esponja?
Falando em esponja, como devo desengordurá-la? O uso do detergente ou do sabão é o mais recomendado.
Há especialistas que recomendam fervê-la ou mesmo colocá-la no micro-ondas. Um estudo já observou que a higienização desse item pode multiplicar aqueles micróbios próximos das bactérias que causam pneumonia e meningite, tais como o Moraxella osloensis.
Na dúvida, o ideal mesmo é trocar a sua esponja com frequência: a cada semana ou no máximo a cada 15 dias.
Fontes: Watson Loh, professor do Instituto de Química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e Adauto Lorenzini, químico.
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