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Rover Curiosity encontra rocha marciana comparada a 'gato pilotando jetski'

Imagem de rocha capturada em Marte pela sonda Curiosity desperta a curiosidade de internautas - Nasa/JPL-Caltech/LANL/Kevin M. Gill
Imagem de rocha capturada em Marte pela sonda Curiosity desperta a curiosidade de internautas Imagem: Nasa/JPL-Caltech/LANL/Kevin M. Gill

Colaboração para o UOL, em Santos

05/08/2021 10h25

A Rover Curiosity enviou à Terra imagens de um pequeno arco de rocha na cratera Gale, em Marte, local que vem sendo explorado desde 2012. O minúsculo arco texturizado tem apenas 16,5 centímetros de altura, mas sua forma curiosa espantou cientistas e internautas após o achado da sonda.

A especulação tomou conta de diversos comentários postados nas redes sociais. Alguns acreditando que a rocha tinha a forma de um lagarto ou até mesmo uma serpente. Outros, mais criativos, visualizaram a forma de um gato pilotando um jetski.

"Ainda estou deslumbrada com as texturas que estamos vendo, especialmente a prevalência de saliências e protuberâncias do tamanho de um centímetro saindo da rocha", escreveu a geóloga planetária Abigail Fraeman, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em um post sobre a imagem.

O arco texturizado fica na base do Monte Sharp, um pico que se eleva a 5,5 quilômetros a partir da base da cratera Gale. De acordo com Abigail, a sonda Curiosity está explorando tipos de geologia interessantes na transição entre camadas pesadas de argila e camadas carregadas de sulfato nas rochas da montanha.

Os sulfatos podem ser deixados para trás por água corrente, então explorar essas camadas contendo sulfato pode ajudar a revelar mais sobre o passado úmido de Marte.

A Curiosity foi inicialmente projetada para uma missão de dois anos em Marte, mas o robô do tamanho de uma SUV tem percorrido a cratera Gale por nove anos, tirando fotos e fazendo descobertas científicas.

Vida abaixo da superfície

Recentemente, cientistas que analisaram dados enviados pela Curiosity descobriram que os tipos de argila que revestem a cratera Gale são menos estáveis.

No entanto, as salmouras que causaram o apagamento de evidências também podem ter sustentado uma nova vida em camadas abaixo da superfície, então os cientistas ainda estão entusiasmados com a possibilidade de encontrar fósseis marcianos, caso eles existam.

A sonda agora está subindo o Monte Sharp, parando ao longo do caminho para tirar fotos e analisar a composição das rochas com o ChemCam, um instrumento que usa lasers para vaporizar pequenos pedaços de rocha e, em seguida, fazer medições dos produtos químicos e minerais nessas amostras.