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PF deflagra 2ª fase de operação para investigar ataque hacker ao STF

O ataque hacker ao STF aconteceu em maio, quando houve uma tentativa de invasão ao sistema da corte - Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O ataque hacker ao STF aconteceu em maio, quando houve uma tentativa de invasão ao sistema da corte Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

De Tilt, em São Paulo

11/08/2021 11h28Atualizada em 11/08/2021 14h12

A PF (Polícia Federal) cumpriu hoje dois mandados de busca e apreensão como parte de uma operação dedicada a apurar invasão cibernética no STF (Supremo Tribunal Federal).

Foram apreendidos dispositivos eletrônicos dos suspeitos nos estados do Rio de Janeiro e Ceará. Segundo a PF, eles passarão por perícia e análise.

Os mandados fazem parte da segunda fase da ação, batizada de Leet.

O ataque hacker ao STF aconteceu em maio, quando houve uma tentativa de invasão ao sistema da corte. A partir de então a PF passou a investigar o caso.

Em junho, na primeira fase da ação, dois suspeitos de envolvimento em ataques cibernéticos à corte foram presos.

A PF informou, na ocasião, que o termo "LEET", também conhecido como "eleet" ou "leetspeak" e que dá nome à operação, é uma alternativa ao alfabeto inicialmente usado para o idioma inglês, empregado principalmente na internet. Utiliza-se de várias combinações de caracteres ASCII para substituir letras do alfabeto latino. É usado como um adjetivo para descrever proeza formidável ou realização, especialmente nas áreas de jogos online e em sua forma original, usada por hackers de computador.

O site do Supremo saiu do ar na madrugada de 6 de maio, após o órgão identificar um acesso fora do padrão. Para evitar que dados fossem roubados, o STF retirou o acesso ao portal para usuários externos.

O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo o STF, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas.

Foi revelado ainda que o acesso não teve intuito de "sequestro" de ambiente, com características de ransomware, mas apenas de obtenção de dados.

Os serviços do site do STF levaram dias para ser normalizados.

De acordo com a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de obtenção de conteúdo eletrônico por meio de invasão e associação criminosa e as penas podem chegar a cinco anos de prisão.