Piloto mergulha drone e mostra novo ângulo de cachoeira mais alta do mundo
Colaboração em Santos, para o UOL
16/08/2021 15h08
Os drones FPV (First Person View), que registram imagens em primeira pessoa, abriram novas possibilidades para videógrafos e criadores de conteúdo. Em recente viagem à Venezuela, o piloto suíço Ellis Van Jason registrou, graças a esse recurso, imagens inéditas da cachoeira mais alta do mundo.
A Angel Falls (ou Salto Ángel) é uma queda d'água com 979 metros de altura, gerada pela queda do rio Churún, que nasce no Auyantepui, no Estado de Bolívar, sudeste da Venezuela, próximo da fronteira entre Brasil e Guiana.
Van Jason é um piloto de drones FPV e realiza filmagens para produções cinematográficas e documentários. A tecnologia FPV permite que os pilotos "enxerguem" sob o ponto de vista do drone, usando óculos de proteção para assistir à transmissão ao vivo.
Esses drones permitem gravar uma vasta gama de imagens, ao mesmo tempo em que voam em velocidades extremamente altas - por sua vez, criando vídeos mais dinâmicos e rápidos.
O objetivo de Van Jason é revelar as maravilhas naturais do mundo "em toda a sua magnífica glória".
O piloto suíço também é professor e oferece aulas online de cinematografia com a tecnologia FPV. Julio Carvajal, da Costa Rica - que já foi seu aluno - recentemente levou as habilidades que aprendeu para a Guatemala, onde captou imagens do vulcão Pacaya em plena erupção.
Levando os espectadores a um "passeio visual" pelos rios de lava incandescente, Carvajal conta que só tinha uma coisa em mente durante o vôo. Não cometer erros. "Eu foquei ao máximo para não perder o controle do drone, porque a filmagem era insana".
Dos picos das montanhas Dolomitas da Itália às águas azuis cristalinas da Jamaica, van Jason e Carvajal usam a tecnologia FPV para contar histórias. Depois de milhares de horas de pesquisa, estudo e prática, ambos dizem que têm planos de explorar novas partes do mundo com seus drones FPV.
No caso de van Jason, trata-se de criar uma experiência autêntica para o público e também para ele mesmo. "Esses insetos que a gente encontra na Venezuela, por exemplo, e que entram nos nossos ouvidos, nariz e até dentro dos óculos, fazem a experiência parecer 100% real e ela fica gravada dez vezes mais na sua memória. A gente não pode se mover, tem que manter o foco no voo".