Para convencer brasileiros, Xiaomi abrirá mais cinco lojas físicas no país
Os planos de expansão das lojas físicas da marca chinesa Xiaomi começaram a sair do papel. Até o final do ano, cinco novas unidades serão inauguradas em diferentes capitais do país, anunciou a empresa nesta terça-feira (17).
Além de São Paulo, que já sedia as duas únicas lojas existentes no país — nos shoppings Center Norte e Ibirapuera —, a Xiaomi terá agora unidades no Rio de Janeiro (com duas lojas), Curitiba e Salvador.
Confira onde e quando as novas lojas da Xiaomi serão abertas:
- Rio de Janeiro (RJ) - no Barra Shopping (em setembro) e no Park Jacarepaguá (em novembro);
- Curitiba (PR) - no Park Shopping Barigui (em setembro);
- São Paulo (SP) - no Morumbi Shopping (em outubro); e
- Salvador (BA) - no Salvador Shopping, em data a ser definida.
De acordo com a empresa, a escolha dos locais levou em consideração os pedidos de fãs da marca — conhecido como MiFãs.
"Podemos afirmar que os públicos destes Estados foram alguns dos mais ativos em nossas redes sociais. Temos utilizado bastante este canal para tomar decisões importantes sobre a operação Brasil, já que há muitas particularidades entre os brasileiros quanto ao comportamento de consumo", explicou Thiago Araripe, gerente de marketing da Xiaomi Brasil, durante entrevista à imprensa.
Além das novas unidades, a Xiaomi também anunciou a abertura de uma Store in Store (loja dentro de loja, em tradução livre) na unidade da Fast Shop do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas, no próximo sábado (21).
Protocolos de segurança
Na abertura da primeira loja da Xiaomi em São Paulo, em 2019, teve multidão e gente que chegou a ficar 45 horas na fila para conferir as novidades.
Para manter os protocolos de saúde contra a covid-19, o diretor do projeto da Xiaomi no Brasil, Luciano Barbosa, diz que vários cuidados serão adotados durante as inaugurações, entre eles o agendamento para clientes e a higienização de produtos após os testes.
Por que a Xiaomi está abrindo lojas físicas?
A empresa chinesa observou que a estratégia de vendas focadas via comércio eletrônico acabava restringindo a oferta de produtos para os brasileiros, que ela diz que é um público que gosta de ver o que vai comprar de perto. Por isso, o foco passou a ser na disponibilidade de lojas físicas.
"Quem já foi a uma loja Xiaomi sabe que se trata de uma experiência. E o brasileiro gosta de experimentar, de pegar e provar os produtos", disse Luciano Barbosa.
E se você acompanha mais de perto o mercado de celulares, deve se lembrar de que muitos consumidores por aqui recorriam a celulares da Xiaomi a partir de processos de importação ou compravam em lojas não autorizadas (geralmente, com preços bem abaixo do mercado. Porém, sem garantia da empresa) na época em que ela desembargou no Brasil. A estratégia das unidades físicas talvez possa diminuir essa prática e atrair mais consumidores. É uma aposta da empresa.
Segundo o executivo, o destaque das lojas se volta também aos demais produtos de ecossistema Xiaomi — como secadores de cabelo, aspiradores de pó e balanças digitais, entre outros — que representam cerca de metade do faturamento da marca no país.
"Metade da nossa receita é representada pelos produtos inteligentes e o restante pelos smartphones. Na maioria dos países, a proporção mostra a categoria de smartphones como a líder indiscutível. Produtos como balança, (pulseira) Mi Smart Band e fones de ouvido costumam figurar constantemente no nosso top 5 em vendas", explicou Barbosa.
Há a ideia de trazer até mesmo o Cyberdog, primeiro cão robótico da marca, para ser comercializado nas lojas. "Ele ainda está em testes no mercado chinês, e depois de entendermos as suas demandas, vamos estudar a vinda dele. Mas ainda não há um plano oficial para ele vir ao Brasil, mas sabemos que há um interesse enorme", explicou Araripe, que não descartou a presença do bichinho em algum dos eventos da marca antes de sua comercialização.
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