Sem álcool e vegana: eles criaram uma cerveja para crescimento muscular
Um copo de cerveja pode substituir um shake de whey protein (proteína do soro do leite)? Se depender dos alemães Tristan Brümmer, 23, e Erik Dimter, 24, sim. Eles criaram a JoyBräu, que classificam como uma cerveja proteica, que promove crescimento muscular.
A produção se tornou viável com uma parceria com a Universidade Técnica de Berlim, que levou cerca de dois anos e meio até chegar em um produto comercialmente viável. A JoyBräu está sendo produzida em uma pequena cervejaria familiar nos arredores de Kaiserslautern, desde 2018, e comercializada diretamente ao consumidor final por meio do site da empresa. As informações são do site Insider.
Vegana e sem álcool, a bebida tem um sabor cítrico, com pouco gosto residual amargo, e é levemente gaseificada, lembrando bem uma cerveja ou cidra, de acordo com relatos de quem já experimentou.
Cada lata de 330 ml tem 21 gramas de proteína — sendo 10 gramas do suplemento BCAA, que fornece aminoácidos essenciais para a recuperação e o crescimento das fibras musculares. Ela também contém L-carnitina, que pode ajudar na performance em algumas situações (não há evidências científicas de que ela auxilie no emagrecimento), e beta-alanina, que ajuda a retardar a fadiga muscular em esportes intensos e de curta duração.
Os criadores ressaltam que desenvolveram produtos funcionais e com foco no verão. "Nossas cervejas são bem leves, meio cítricas, com toque frutado. Não criamos algo extremamente amargo, mas sim uma bebida refrescante pós-treino". Fãs de cervejas mais fortes podem se desapontar, sem os sabores fortes trazidos pelo lúpulo.
Mas já dá para beber uma cervejinha antes ou depois de treinar, sem se preocupar com os prejuízos. Claro que esse prazer tem um preço: a JoyBräu custa mais do que uma cerveja normal. Um pack com 24 latas da versão mais proteica sai por cerca de R$ 380 (59,76 euros).
Há também opções com menor valor proteico (7g ou 20g), com sabores (grapefruit - toranja - ou limão) e até uma isotônica com vitaminas C, B9 e B12.
Como a ideia surgiu
Tristan Brümmer e Erik Dimter tiveram a ideia — é claro — em uma mesa de bar, após irem à academia, em um dia quente de 2015. "Nenhum de nós gostava muito do sabor dos shakes, os bebíamos mais pelos benefícios para a saúde", disse Brümmer em entrevista ao Insider. "Então, pensamos que deveria haver uma maneira de combinar o sabor delicioso da cerveja com os benefícios de um shake proteico."
Foram anos desenvolvendo e aprimorando o produto. Primeiro, em casa. "Tentamos misturar um pouco de proteína em pó à cerveja caseira que fabricávamos. Como você pode imaginar, isso deu errado e acabou com um gosto horrível. Então percebemos rapidamente que, se realmente quiséssemos fazer isso, íamos ter que obter ajuda de fora", lembra Brümmer.
Eles, então, recorreram a cervejarias — super comuns da Alemanha. Mas não tiveram boa receptividade, devido à tradição e às leis do país para garantir a pureza dos produtos. A solução foi recorrer a laboratórios, onde teriam equipamentos e conhecimento à disposição. A parceria com a Universidade Técnica de Berlim tornou tudo viável.
As vendas superaram a expectativa e o próximo passo é expandir a produção, com foco na venda por atacado e na exportação, de acordo com a reportagem.
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