Por que está cada vez mais difícil decifrar o captcha?
Você é humano? Você não é um robô? Perguntas parecidas com essas costumam surgir nas telas de sites no momento em que tentamos fazer um login, dar um voto em um reality show ou entrar em determinada parte de um portal. É o famoso captcha, criado inicialmente para evitar que programas automatizados fizessem autenticações em contas de email gratuitas no lugar dos humanos.
Mas essa tarefa de provar que a gente não é um robô está se tornando irritante para muita gente. Não é só você que está tendo dificuldades para acertar as imagens de semáforos, chaminés ou bicicletas de uma imagem na internet. As reclamações foram parar até nos cartazes de Seth, famoso por viralizar fotos com mensagens no Instagram.
"Verificar que eu não sou um robô está se tornando muito estressante", diz a placa acima.
Por que está mais difícil?
A tecnologia foi desenvolvida em 2000 por uma equipe de pesquisadores da Carnegie Mellon University (EUA) para o Yahoo. Anos depois, os desafios captchas ganharam níveis mais complexos. E todos nós somos "culpados" por isso.
O captcha funciona para diferenciar os seres humanos de computadores — que podem, por exemplo, inflar uma pesquisa votando freneticamente. E, apesar de os testes serem simples, as respostas que damos são utilizadas para alimentar a inteligência artificial. Como ela fica cada vez mais esperta, isso reflete no crescimento da dificuldade.
Quanto mais contribuições, mais ela tende a apresentar diferentes níveis. Afinal, pessoas que entendem de programação também podem criar algoritmos para burlar essas autenticações.
Mas é bom lembrar que os desafios procuram atender a diversidade de pessoas para que, independentemente da idade, educação ou idioma, os humanos consigam vencê-los.
"Não sou um robô"
Você também já deve ter se deparado com um botão "não sou um robô" para acessar algo — o que claramente é mais rápido do que ficar encontrando quais são as fotos que possuem um navio. Isso foi criado depois de o Google, em 2014, testar a capacidade de resolução do captcha com seu algoritmo de aprendizado de máquina.
Nos testes, que utilizaram alguns textos difíceis de decifrar, o computador acertou em 99.8% das vezes, enquanto os seres humanos acertaram apenas 33% das vezes.
Foi então que o gigante da tecnologia apresentou o reCAPTCHA, que pede para que a pessoa que está navegando o clique num botão para confirmar que ela não é um robô. A partir disso, algumas plataformas optaram por usar esse desafio mais recentes no lugar do captcha comum.
Essa nova realidade também contribuiu para que as fabricantes da tecnologia de verificação se concentrassem em dificultar cada vez mais os próprios desafios.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.